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COMERCIAIS AQUECEM LANÇAMENTOS

29.05.2012

Fernando Cruz aponta morosidade das prefeituras para aprovar projetos O mercado imobiliário está diante de duas frentes: os lançamentos de imóveis comerciais continuam aquecidos nas principais cidades brasileiras, enquanto o segmento residencial começa a se estabilizar. A demanda por novas sedes corporativas pressiona os preços e os lançamentos têm perfil cada vez mais sofisticado. Já o número de lançamentos em São Paulo no primeiro trimestre deste ano foi quase 30% menor do que em igual período do ano passado, segundo levantamento do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). No caso dos residenciais, analistas explicam que a estabilização deve-se desde o esfriamento da economia até a burocracia e as exigências mais rígidas para aprovação de novos projetos. Para as construtoras, há um ajuste do mercado e a estratégia é desovar estoques. Fernando Cruz, diretor da Brazilian Securities, do grupo BFRE, aponta a morosidade na aprovação de projetos por parte das prefeituras como um dos motivos para redução do número de lançamentos. "O cenário é positivo para as construtoras, pois há demanda, financiamento e mais pessoas chegando ao mercado com capacidade de renda". Por outro lado, as vendas entre janeiro e março na capital paulista somaram 5,4 mil unidades de imóveis novos, 26,6% acima do registrado em igual período de 2011. Já na região metropolitana, composta por São Paulo e 38 municípios, as vendas recuaram 4,5%. A expectativa do Secovi-SP é de que as vendas na capital aumentem 10% neste ano, para 31,1 mil unidades, e o número de lançamentos diminua 5%, para 36,2 mil unidades. No caso dos comerciais, São Paulo e Rio concentram o maior número lançamentos de edifícios de alto padrão. Com os bons resultados no primeiro trimestre, em preços e vendas, a perspectiva é de que 2012 será um ano de bom desempenho para o mercado de escritórios de alto padrão. Para analistas da consultoria Cushman & Wakefield, até o final do ano, o volume de lançamentos nas principais capitais deverá ser o dobro de 2011. Luiz Henrique Rimes, diretor nacional de negócios da João Fortes Engenharia, observa que o que prevaleceu no crescimento do mercado de empreendimentos comerciais em 2010 e 2011 foram as salas comerciais pequenas, de 25 a 30 metros quadrados. "Agora, mesmo com a continuação da demanda por esse tipo de produto, vejo um crescimento do interesse pelos espaços corporativos, para sede de empresas de médio e grande porte". Em São Paulo, os preços do aluguel de escritórios classe A bateram recorde histórico no primeiro trimestre. A média dos valores deu um salto de 33,9%, em relação a mesmo período do ano passado, chegando a R$ 123,7 mensais por metro quadrado, conforme pesquisa da Cushman & Wakefield. Para Walter Torre, presidente da WTorre, os preços de locação de escritórios de alto padrão em São Paulo devem subir até meados de 2013, quando está prevista a entrega de vários empreendimentos, somando uma área total de 500 mil a 600 mil metros quadrados.

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