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Consumidores que se deslocavam até São Paulo para comprar peças da Le Lis Blanc, Farm, Animale e Zara, as maquiagens da MAC Cosmetics ou frequentar os restaurantes The Fifties, Galeto’s, America Burguer e Outback vão encontrar todas essas marcas em São Caetano.
Em entrevistas com moradores, a administradora do ParkShopping São Caetano identificou que os clientes desejavam grandes redes de restaurantes no complexo, além das marcas de fast-food. “Pensamos em espaços diferentes com varandas integradas ao Espaço Cerâmica”, diz a superintendente Beatriz Alves.
Para a gestora do centro de compras, a operação de marcas inéditas na região ajudará a atrair fatia dos consumidores mais abastados de Santo André, São Bernardo e São Caetano. Na área de entretenimento infanto-juvenil, a novidade será o Hot Zone, parque de diversões com jogos eletrônicos e simuladores.
“A ideia é conquistar os clientes das classes A e B que faziam compras em São Paulo. Descobrimos que os destinos eram os shoppings Morumbi (Zona Sul) e Anália Franco (Zona Leste), por serem mais próximos”, detalha Beatriz. Curiosamente, esses empreendimentos também são da Multiplan.
A rede especializada em maquiagens e fragrâncias internacionais Opaque estreará na região. Endossa a lista a franquia especializada em joias contemporâneas Barbara Strauss. O centro de estética Perfect Laser também abrirá seu primeiro ponto de atendimento na região.
VALOR - Lojistas ouvidos pela equipe do Diário afirmam que o valor do metro quadrado no shopping custou aproximadamente R$ 3.800 para as lojas satélites, cujos tamanhos são menores. Considerando que muitas delas têm, em média, 52 m², lojistas como Puket, Óticas Carol, Casa do Pão de Queijo e Costume podem ter desembolsado quase R$ 200 mil apenas pelo ponto de venda, sem contar a montagem da loja. Algumas marcas que integram o time de âncoras e megalojas normalmente são isentas do pagamento de luvas (ponto de venda) e de aluguéis pelos três primeiros anos.
 
 
Lojistas da região são 45% do shopping
Fazer compras em novas lojas de grife é um desejo dos moradores, mas continuar frequentando as marcas que nasceram no Grande ABC é praticamente uma exigência dos consumidores, afirma a superintendente do ParkShopping São Caetano, Beatriz Alves. Somando franqueados e marcas da região, serão 101 das 223 operações.
Segundo a gestora, os anseios dos clientes foram coletados em uma pesquisa com diversos grupos. Foi identificado que a ligação com as empresas nascidas na região é forte. “Além dessas 11 marcas, 40% das lojas são de franqueados das sete cidades. Isso corresponde a 90 do total de pontos de venda.”
O empresário Antonio Pereira Esteves abrirá unidades de duas marcas no centro de compras: Calçados Pixolé e Victor Hugo, franquia especializada em acessórios femininos. Seu Pixolé, como é conhecido, investirá cerca de R$ 500 mil na marca de calçados.
No segmento de vestuário estão Lilly Pretty, Casa das 3 Meninas e Xquare. As marcas Vinicius e Carmeblu representam os acessórios. O salão Pelle & Capelli endossa a área de estética e beleza. Para completar a lista tem o Empório Palácio (bebidas), Óticas Metrópole, Murador Papelaria e o restaurante Dona Joanna.
 
 
Empresas vão contratar 4.000 pessoas
O funcionamento do novo shopping center garantirá a geração de 4.000 empregos diretos pelos cálculos da superintendente Beatriz Alves. Daqui a algumas semanas a página www.parkshoppingsaocaetano.com.br terá um link para que os interessados cadastrem seus currículos.
O prefeito de São Caetano,José Auricchio Júnior (PTB), considera que o ParkShopping São Caetano contribuirá muito para a economia do município, devido à grande geração de empregos com carteira assinada. “O complexo colocará a cidade na rota das cidades com maior turismo de lazer da região.”
Na região, a expansão dos concorrentes Grand Plaza, Shopping Metrópole e Mauá Plaza Shopping gerará até o fim do ano que vem quase 1.500 empregos diretos e indiretos com as obras e contratações para novas lojas.
CHAVES - No dia 30, a empreendedora do shopping center, Multiplan, fará a entrega das chaves aos lojistas, o que oficializa o início das obras dos pontos de venda. “Como os investidores vão receber as chaves antes do previsto, queremos todas as lojas funcionando”, destaca Beatriz.
Questionada sobre a cobrança do estacionamento, a gestora afirma que desde o primeiro dia haverá cobrança. “Como todos os concorrentes cobraram desde o primeiro dia, faremos o mesmo. O valor ainda está em estudo, mas não será muito diferente dos demais.”