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Com patrimônio de R$ 141 bilhões, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, vem mirando dois dos segmentos que mais têm se beneficiado do aumento da renda da população: varejo e imobiliário. O diretor de participações da Previ, Marco Geovanne Tobias da Silva, conta que a intenção é ter presença atuante no controle acionário de companhias de varejo.

Hoje, a fundação tem atuação tímida nesse setor, com apenas uma participação acionária pequena nas Lojas Renner. "É um setor onde enxergamos potencial. Um setor que deve continuar crescendo nos próximos anos", afirmou. O executivo é taxativo ao afirmar que o fundo de pensão está aberto a oportunidades nessa área, mas, até o momento não foi procurado por nenhuma empresa do segmento.

O interesse tem como pano de fundo o recente aumento do poder aquisitivo da população, especialmente das classes C e D, que amplia a lucratividade das companhias de varejo. Isto porque, essas empresas dependem basicamente do comportamento do mercado interno.

IMOBILIÁRIO - Para aproveitar ainda mais o bom momento da economia brasileira, a Previ mira também o setor imobiliário, com foco em shopping centers. O diretor explica que os investimentos em shopping é uma forma indireta da fundação se aproveitar da expansão do varejo no Brasil. Atualmente, o fundo têm participações em 14 shoppings, sendo nove no eixo Rio de Janeiro-São Paulo-Brasília.

A meta da Previ é ampliar os investimentos no setor imobiliário dos atuais cerca de 3% para 5% do patrimônio total. A rentabilidade desses projetos é fator levado em conta pelo fundo de pensão, que precisa anualmente bater sua meta atuarial.

O balanço da Previ no terceiro trimestre mostra que no acumulado do ano, até setembro, os investimentos no setor imobiliário renderam 11%, bem acima dos 8% exigidos pela meta atuarial. A rentabilidade média de todas as aplicações da Previ ficou abaixo desse patamar, em 5,6% no período.