ACIGABC

Notícias

CRÉDITO DE BANCO PRIVADO MOSTRA REAÇÃO

17.11.2010

Os bancos privados de varejo estão mostrando mais disposição para retomar o espaço perdido durante a crise financeira para o Banco do Brasil (BB). A análise dos balanços do terceiro trimestre mostra um ritmo mais acentuado de crescimento das carteiras de crédito de Bradesco, Itaú Unibanco e Santander frente ao desempenho da instituição estatal, que ontem apresentou seus números, quando comparados com os resultados do segundo trimestre. Pelo critério de ativos, BB permanece na liderança do sistema financeiro, com um total de R$ 796,815 bilhões.

Dentre os grandes bancos que divulgaram seus balanços até o momento, a Caixa ainda teve maior crescimento na oferta de crédito, de 9,1% no trimestre, de R$ 149,152 bilhões para R$ 162,780 bilhões. Itaú Unibanco vem em seguida, com um avanço de 5,7% entre junho e setembro, deixando para trás Santander (5,1%) - que depois da oferta de ações bilionária finalmente colocou o caixa para rodar - e Bradesco (4,4%). A carteira do Banco do Brasil avançou 4,1%.

 

Porém, se considerado um intervalo de tempo mais longo, de 12 meses encerrados em setembro, o BB, que seguiu as recomendações do governo e adotou em meio às turbulências a chamada estratégia anticíclica, ainda leva vantagem na disputa em relação aos privados. O estoque de crédito no BB aumentou 19% entre setembro de 2009 e setembro de 2010, atingindo R$ 339,826 bilhões. O Bradesco até que reagiu rápido e mostrou, nesse período, expansão de 18,6%. Itaú Unibanco e Santander, que estavam às voltas com processos de integração, apresentaram expansão de 16,6% e 16,8%, respectivamente. Mais uma vez a Caixa destoa e, por causa do crédito habitacional (cuja taxa de expansão foi de 55,8%), sua carteira de crédito avançou 45,4%.

 

Aliada à expansão do crédito, a queda de inadimplência permitiu aos bancos arcar com menos despesas para devedores, combinação que impulsionou o resultado das instituições. Somados, os lucros líquidos de BB, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander alcançaram R$ 10,391 bilhões, aumento de 38% em relação a setembro do ano passado. Em compensação, a performance dos bancos sofre uma leve queda, de 3,17%, quando se compara com os lucros obtidos no segundo trimestre. Essa diferença foi provocada, principalmente, pelo aumento das despesas administrativas e com pessoal no terceiro trimestre, que sofreram os impactos tanto dos investimentos em expansão das redes de agência como do dissídio salarial dos bancários. Incluído o lucro da Caixa no trimestre, de R$ 748,7 milhões, o lucro total das cinco instituições atinge R$ 11,140 bilhões. (Colaborou Fernando Travaglini)

últimas notícias