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RITMO DO CRESCIMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DIMINUI

02.08.2010

O ritmo de crescimento da construção civil diminuiu em junho, de acordo com sondagem do setor, divulgada ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Em uma escala onde valores acima de 50 pontos indicam crescimento, o indicador de junho ficou em 53,8 pontos, enquanto no mês anterior o índice havia chegado a 55,8 pontos. Ainda assim, a sondagem mostra que o setor continua aquecido, acima do usual para o período. Na avaliação que compara o nível de atividade com a média esperada para junho, o indicador continuou acima dos 50 pontos de referência, chegando a 54,6 pontos. O número de empregados na construção também apresentou pequeno aumento, com o índice em 52,9 pontos. Por isso, os empresários do setor entrevistados pela CNI mantiveram o otimismo em relação a julho. Pela mesma metodologia, o indicador que mede as expectativas em relação à atividade no mês registrou 65,2 pontos. Apesar do menor ritmo de crescimento na atividade da construção civil em junho, a expansão contínua do setor registrada desde dezembro pela sondagem demonstra que o mercado imobiliário continua aquecido enquanto o restante da indústria começa a botar o pé no freio, na avaliação do gerente-executivo de Pesquisa da entidade, Renato da Fonseca. "As medidas governamentais de incentivo à produção industrial editadas durante o auge da crise já foram retiradas e a taxa de juros começou a subir. No entanto, como na área de construção civil as medidas são de mais longo prazo, ainda há estímulo para o setor que, além disso, também conta com sistema de financiamento próprio", avaliou Fonseca. Para o economista, a reclamação por parte dos empresários da construção em relação à falta de mão-de-obra qualificada ainda não oferece riscos para a manutenção do crescimento do setor. "Sempre que a economia cresce, faltam recursos, e um dos primeiros que aparecem é a falta de trabalhador qualificado. A saída é investir em programas de capacitação ou dentro da própria empresa", afirmou.

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