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Após cortar, novamente, a meta de lançamentos em 2012 e elevar a projeção de geração de caixa, a Gafisa informou ontem, ao mercado, que a expectativa é continuar a entregar mais rentabilidade, à medida que forem concluídas as entregas dos empreendimentos das divisões Gafisa e Tenda que têm menor margem. Segundo o presidente da companhia, Duilio Calciolari, a margem bruta buscada para os projetos da Gafisa, em São Paulo e no Rio de Janeiro, é de 35%. Para a Tenda, não se espera mais de 30%. No terceiro trimestre, a margem bruta da companhia foi de 29%, ante 19% no mesmo período de 2011. A margem líquida estimada para a companhia, no longo prazo, é de 10% a 15%. No trimestre, a margem líquida ajustada foi de 2,5%, ante o indicador negativo de 4,4% no intervalo equivalente de 2011. Com a decisão da companhia de focar as atenções em relação à Tenda na execução e na entrega de projetos, os lançamentos do braço de baixa renda ocorrerão somente em 2013 e não neste semestre, como inicialmente previsto. Assim, a meta do Valor Geral de Vendas (VGV) a ser lançado, neste ano, foi reduzida de R$ 2,7 bilhões a R$ 3,3 bilhões para de R$ 2,4 bilhões a R$ 3 bilhões. Gafisa será responsável por 55% dos lançamentos, e Alphaville, pelos demais 45%. No quarto trimestre, a Gafisa deve ter securitização "importante" de recebíveis performados, ou seja, referentes a unidades prontas, conforme Calciolari. Isso vai contribuir para a geração de caixa da companhia. No terceiro trimestre, a Gafisa teve geração de caixa consolidada de R$ 149 milhões e, no acumulado até setembro, de R$ 607 milhões. A nova meta de fluxo de caixa operacional é de R$ 600 milhões a R$ 800 milhões, acima da projeção anterior, de R$ 500 milhões a R$ 700 milhões. Em 2013, o fluxo de caixa a ser gerado vai depender, entre outros fatores, do quanto a companhia vai comprar de terrenos. Em relação às despesas gerais e administrativas, a expectativa da Gafisa é de estabilização. A relação entre dívida líquida e patrimônio da Gafisa ficou em 106% no terceiro trimestre, ante 112% no segundo trimestre. A companhia espera equacionar o valor de R$ 1,418 bilhão de dívidas que têm vencimento até setembro de 2014 por meio de fluxo de caixa e rolagem. (CQ).