ACIGABC

Notícias

PREOCUPADO COM CRESCIMENTO, PREFEITO QUER RESTRINGIR PRÉDIOS

29.07.2013

Por: Gislayne Jacinto  (gislayne@abcdmaior.com.br)

 
Ao contrário da gestão passada, quando verticalização cresceu desproporcionalmente, Pinheiro prepara restrição. Foto: Amanda Perobelli
Ao contrário da gestão passada, quando verticalização cresceu desproporcionalmente, Pinheiro prepara restrição. Foto: Amanda Perobelli
 
Paulo Pinheiro diz ser contra a construção de prédios residenciais por entender que qualidade de vida cai com novos moradores 

 
Com uma filosofia totalmente contrária de seu antecessor José Auricchio Júnior (PTB), que nos últimos quatro anos aprovou a construção de 5.4 mil apartamentos residenciais, o atual prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), se diz contra a verticalização e fará restrições em seu governo. A estimativa é de mais 22 mil moradores com os novos edifícios. São Caetano tem 149 mil habitantes..

 “Não quero mais prédios residenciais nos locais onde estão densamente povoados. É uma medida de bom senso. Se construirmos muitos prédios residenciais, a qualidade do serviço da cidade vai piorar. Além disso, o que se paga de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) é aquém do que a cidade presta em serviço”, disse o prefeito.

Geração de riqueza - A intenção do prefeito é estimular a construção de edifícios comerciais. “Quando incentivamos prédios comerciais, a cidade ganha, pois além de pagarem IPTU, ainda trazem ISS (Imposto Sobre Serviços) e ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dependendo do tipo de empresa e o tipo de prestação de serviços. Aumentar a receita beneficia a cidade, porque transformamos os recursos em serviços e investimentos”, afirmou.

Verticalização - Por conta adensamento demográfico na cidade, o governo de Pinheiro investirá R$ 50 milhões na área da Educação. Devem ser construídas pelo menos duas novas escolas. Um dos bairros escolhidos para abrigar mais um colégio foi o Santa Maria. 

“Estamos nos preparando para aumentar a rede de ensino, ter mais salas de aulas. Queremos que no início do ano letivo de 2014 as obras já estejam concluídas”, disse o prefeito ao acrescentar que 20 escolas também receberão melhorias por meio de reformas.

Atualmente, a cidade tem 71 escolas para atender 21 mil alunos dos ensinos infantil, fundamental e médio. De acordo com a Prefeitura, não existem estudantes na fila de espera, mas a cidade já se prepara para o crescimento da rede por conta dos novos moradores que chegarão com a conclusão de diversos prédios em construção. A estimativa é que haja, a partir do ano que vem, entre 1,5 mil a 2 mil alunos a mais.

A cidade também investe na rede de Saúde e em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) deverá ser inaugurada até o fim do ano. Trata-se de uma obra em parceria com o Governo Federal. 

Pinheiro irá rever projeto que restringe publicidade no comércio

A prefeitura de São Caetano prepara alteração no projeto que implantou a Cidade Limpa (proposta que restringe a publicidade externa no município).  A lei, sancionada na gestão do ex-prefeito José Auricchio), causou descontentamento entre os empresários, que reclamam da diminuição das vendas nos estabelecimentos comerciais.

“A revisão está em fase de conclusão. Quem organiza é Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), que tem feito a averiguação com a população. Fizemos plenárias de discussão, de orientação e sugestões”, disse Pinheiro.

Desde a campanha eleitoral do ano passado, Pinheiro prometeu alterar a polêmica lei. “Hoje, as lojas não podem ter sequer um adesivo no vidro da loja. Tem de ser um metro para dentro do estabelecimento. Aí ninguém vê. Não pode ter nada na rua avisando da liquidação”, afirmou o prefeito.

 Mais verbas- Paulo Pinheiro pretende, ao possibilitar aumentar a publicidade do comércio, além de incentivar o comércio na cidade, garantir um incremento da receita do município com arrecadação de impostos.

O presidente da Aciscs, Mauro Laranjeira, também tem feito declarações neste sentido. Durante prestação de contas dos seis meses de governo de Pinheiro, o empresário afirmou que a restrição da lei tem prejudicado o comércio e também refletido na queda de arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). 

“Em 2010 a cidade arrecadou R$ 220 milhões, caindo para R$ 215 milhões em 2011 e R$ 211 milhões, em 2012. A receita vem decrescendo ano a ano e isso mostra que a circulação de mercadorias vem caindo na cidade. O faturamento também decresceu e queremos reverter isso”, disse Laranjeira. 

últimas notícias