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MERCADO DE IMÓVEIS ESTÁ EM ALTA NA REGIÃO

10.05.2012

Nos três primeiros meses do ano, foram vendidos na região 1.427 apartamentos novos. Os resultados, apresentados ontem pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), são os melhores para o período nos últimos três anos.“Isso é um reflexo da vitalidade do mercado. Continua existindo crédito e uma forte demanda por imóveis, impulsionada pelo crescimento da renda das famílias nos últimos anos. Houve também o reflexo das promoções feitas pelas construtoras para apartamentos de luxo”, destacou o presidente da Acigabc, Milton Bigucci. No período, a cidade com o melhor resultado foi São Bernardo, onde foram vendidos 740 apartamentos. A segunda posição ficou com Santo André, cidade na qual foram comercializados 248 imóveis no primeiro trimestre. São Caetano ficou em terceiro, com 218 apartamentos. Tamanho/ Desse total, a maior parte é de apartamentos pequenos. Os imóveis de dois dormitórios correspondem a mais da metade (57%) das unidades comercializadas. No mesmo período, os apartamentos de quatro dormitórios contribuíram com 5% do total de imóveis vendidos. “O perfil do comprador é formado em sua maioria por pessoas jovens, entre 25 e 30 anos. Atualmente todo mundo quer comprar o seu imóvel”, ressaltou Bigucci. Queda/ No mesmo período, porém, o número de novos lançamentos - empreendimentos em fase de venda - caiu 35,6% na comparação com os primeiros três meses de 2011. A explicação para isso, segundo Bigucci, seria o ritmo acelerado de construções nos últimos anos. “As grandes construtoras fizeram um grande volume de lançamentos de imóveis, que estava acima da demanda do mercado. O estoque da região, que tradicionalmente era de 4 mil unidades, está em 5 mil”, destacou. Otimismo/ Ainda de acordo com o presidente da Acigabc, a expectativa para o restante do ano é de crescimento do setor, impulsionado por fatores como a queda dos juros para a concessão do crédito e as mudanças nas regras da poupança.“A expectativa é por um ano bom, com estímulos para a compra de imóveis. Muita gente também deve migrar da poupança para o investimento em imóveis, que em alguns casos pode ser um investimento mais rentável, o que também podem impactar nos preços”. Residências novas são a escolha da maioria Para delegado do Creci-SP, facilidade de crédito incentiva comprador a ir atrás da compra de casas e apartamentos na planta Enquanto os imóveis novos cresceram 26%, o mercado de casas e apartamentos usados aumentou 7,1% na região. É o que aponta o último levantamento estadual do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), divulgado em janeiro. Apesar de não ter ultrapassado a marca dos 10%, o percentual foi superior ao resultado da Capital e do Interior para o período: recuo de 46,06% e 25,72%, respectivamente. Segundo o delegado regional do Creci-SP para o ABCD, Alvarino Lemes, é comum nos últimos anos que o desempenho do setor de usados seja mais baixo do que o de imóveis novos.“Com o crescimento do mercado houve uma valorização dos preços, que não foi acompanhada pelo acesso mais fácil ao crédito. Ainda é mais fácil para o consumidor comprar um imóvel novo, que não exige um valor de entrada tão alto”, explicou Lemes. Mesmo assim, a compra por meio de financiamento bancário continua sendo a mais comum na região. A pesquisa do Creci-SP apontou que 64,17% optaram pelo pagamento parcelado do imóvel usado, ante os 33,69% que o fizeram à vista. O mesmo levantamento indicou que os imóveis residenciais com valor médio superior a R$ 200 mil foram a escolha de 61,08% dos compradores. A pesquisa sinalizou ainda que, de cada dez pessoas que adquiriram um imóvel usado no ABCD, seis escolheram um apartamento. A maior parte desses imóveis está em regiões centrais das cidades e tem três dormitórios. Para o delegado do Creci-SP, o ideal seria que fossem criados projetos de estímulo para a compra dos imóveis mais antigos. “Poderia haver um Minha Casa, Minha Vida também para o esses casos, com subsídios para quem quer um imóvel usado”, opinou. Aluguel de R$ 1 mil é mais comum no ABCD No campo das locações, a maior parte dos imóveis do ABCD pesquisados pelo Creci-SP tinham valores de locação de mais de R$ 1 mil. No período do levantamento, o número de locações no estado de São Paulo cresceu 24,11%. Com esse valor, é possível alugar uma casa de dois dormitórios em Santo André, ou um apartamento com o mesmo número de quartos em São Bernardo. O locador pode optar ainda pelo apartamento ou pela casa de três dormitórios em Diadema. “A procura por esse tipo de negócio é tradicionalmente muito grande. O que acontece é que faltam imóveis para serem alugados. Situação que complicou com a concorrência das construtoras. Tem gente que prefere vender a casa para ser demolida”, afirmou o delegado regional do Creci-SP no ABCD, Alvarino Lemes. De acordo com o levantamento, a maior procura foi por casas em regiões centrais das cidades da região. Seis em cada dez contratos foram assinados por meio de fiadores. Ainda de acordo com o levantamento, a minoria dos contratos de locação foi cancelada por falta de pagamento do aluguel: 14,8% do total de contratos suspensos. O percentual é menor do que na Capital, onde a falta de pagamento foi a responsável pelo cancelamento de 21,70% dos contratos de locação.

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