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A Cyrela Brazil Realty retomará o crescimento em lançamentos e vendas neste ano, depois de ter encolhido em 2012 na comparação com 2011. Segundo o vice-presidente financeiro da Cyrela, José Florêncio Rodrigues, a companhia espera crescimento relevante, neste ano, ante 2012, quando lançou R$ 5,6 bilhões, mas não deve chegar aos R$ 7,9 bilhões que alcançou em 2011.

Há expectativa de expansão das vendas em linha com o aumento de lançamentos e de alta da velocidade de vendas medida pelo indicador VSO. Rodrigues disse esperar aumento médio dos preços médios dos imóveis acima da inflação em 2013, mas com altas menores que as de 2012. "Mas não consideramos aumento de preços na definição da viabilidade dos projetos", disse o executivo.

A expansão esperada para os lançamentos, em 2013, ocorrerá principalmente em São Paulo, mercado em que a Cyrela lançou "muito pouco no ano passado", de acordo com o executivo. A demora na liberação de licenças para os projetos na cidade contribuiu para a redução dos lançamentos. A parcela de São Paulo nos lançamentos de médio e alto padrão caiu de 35% em 2012 para 29% em 2011. Neste ano, a participação dos projetos de médio e alto padrão no total aumentará, segundo Rodrigues.

Há tendência de crescimento também nos lançamentos para a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, por meio da Cury, joint venture da qual a Cyrela tem 50%. Do total a ser lançado em 2013, a Living, braço de baixa renda da Cyrela, responderá por cerca de 30%. Até sexta-feira, a Cyrela tinha lançado oito empreendimentos neste ano.

Em 2012, a Cyrela gerou caixa de R$ 424 milhões. Com isso, seu conselho de administração decidiu elevar o pagamento de dividendos em R$ 50 milhões. Segundo Rodrigues, a Cyrela espera geração de caixa em 2013. O destino desses recursos dependerá das oportunidades, segundo ele, e a redução de dívidas é prioridade. Os recursos do caixa adicional já foram utilizados para recompra de ações, aquisição adicional de terrenos e diminuição da dívida.

A Cyrela registrou, no quarto trimestre de 2012, melhora da margem bruta pelo oitavo trimestre consecutivo. "À medida que os legados das safras de 2007, 2008 e 2009 saem do balanço, a margem vai aumentando", afirmou Rodrigues. No quarto trimestre, a margem bruta da companhia foi de 35% e, sem os efeitos da mudança do Regime Especial de Tributação (RET), de 32,8%. A meta de margem bruta para 2013 é de 31% a 35%.

A Cyrela projeta estoque de unidades prontas em 2013 no mesmo patamar de 2012. As unidades prontas respondem por 14,4% do total de estoques. Dos imóveis prontos, 61% foram entregues no ano passado. "Em 2012, entregamos vários projetos da safra que teve estouro de orçamentos. Assim, houve atrasos de obras e distratos", disse. Isso contribuiu para reduzir a velocidade de vendas.