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VENDAS DE APARTAMENTOS NO ABC CRESCEM 8,5% EM 2011

08.03.2012

Mesmo com o desaquecimento da economia, o mercado deu mostras de força na região do ABC, importante polo industrial de São Paulo. O número de unidades vendidas por lá em 2011 cresceu 8,57% em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC (ACIGABC). De acordo com a entidade, a pesquisa com os resultados consolidados do ano passado representa aproximadamente 85% do mercado e foi feita com base em informações cedidas por empresas da região para lançamentos de empreendimentos verticais. Os estudo incluiu cinco das sete cidades do ABC, excluindo Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O bom desempenho foi impulsionada por São Bernardo do Campo, que apresentou alta de 28,36% nas vendas de unidades frente ao resultado de 2010. Com mais da metade da área pesquisada, o município foi o que mais recebeu novos apartamentos no ano passado, com 3.811 unidades – ou 42,31% dos 9.001 imóveis lançados no período. Atrativo. O administrador de empresas Ricardo Cavalcante de Siqueira, de 37 anos, adquiriu um apartamento de três dormitórios e 80 metros quadrados no edifício Classic MBigucci, lançamento de julho na Vila Caminho do Mar. “Acho um bom momento para comprar. Há muitos lançamentos para todo tipo de pessoa”, diz. Previsto para ser entregue em 2014, esse é o primeiro imóvel novo de Siqueira. Ele sempre morou em residências com mais de 30 anos e agora espera fugir dos custos extras dos reparos. “Com o tempo não tem jeito. A manutenção é periódica, e o custo não é baixo.” As facilidades de financiamento também foram decisivas para a decisão de compra do administrador de empresas. “Se não coubesse no orçamento, não haveria chance”, diz. O gestor de vendas da regional São Paulo da MRV Engenharia, Rodrigo Pereira, acredita que haja uma demanda reprimida na região: “Há serviços e grandes empresas (com destaque para o setor automobilístico), o que acaba criando um público com renda suficiente para esses empreendimentos”. A companhia atua especialmente no segmento popular e, no Grande ABC, tem lançamentos em São Bernardo do Campo e em Mauá. Este município viveu um ano de recuperação em 2011, com 1.096 unidades lançadas, depois de passar 2010 com apenas um lançamento residencial. “Mauá também é uma cidade com boa demanda, embora esteja menos conurbada com as vizinhas. A faixa de valor médio por lá é de R$ 3,3 mil por m²”, diz o diretor da Urban Systems, Paulo Takito. A média de todas as cidades, segundo ele, é de R$ 3,7 mil por metro quadrado. Para o economista chefe do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Celso Petrucci, há prevalência de empreendimentos de padrão econômico e médio no Grande ABC – com valores de até R$ 500 mil, residenciais têm acesso aos benefícios do Sistema Financeiro de Habitação. “O ABCD mostra consistência. Há uma aderência muito forte com o que está sendo lançado. ” Perfil. A maioria esmagadora dos lançamentos residenciais no Grande ABC, segundo a ACIGABC, são voltados ao público de perfil familiar. Quase 60% dos novos imóveis têm dois dormitórios. Outros 34% são apartamentos com três dormitórios. As famílias que ali se estabeleceram por causa da atividade industrial mostram, segundo o diretor da Urban Systems, Paulo Takito, a vocação da área para empreendimentos desse padrão. “Falamos de um público mais conservador.” Segundo ele, o comprador dos novos empreendimentos está deixando imóveis antigos e grandes ou saindo de casas, deparando-se com uma nova situação de moradia. Dados da Urban Systems mostram que 30% dos imóveis de três dormitórios têm mais de 100 metros quadrados, e 54% das novas residências de dois dormitórios não chegam aos 50m². Outras tipologias, porém, quase não chegaram ao mercado local. Os empreendimentos de pelo menos quatro dormitórios são apenas 5% dos novos imóveis, e os compactos de até um dormitório representam apenas 1% das 9.008 unidades lançadas na região em 2011. “Falando ainda dos lofts, qual seria o público-alvo? Ou jovens ou executivo. Esses dois perfis tendem a sair do ABC e migrar para os centros consolidados de São Paulo”, diz

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