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OLIMPÍADAS AGITAM MERCADO IMOBILIÁRIO DE ALTO LUXO NO RIO

05.08.2016













A busca por mansões cujos aluguéis podem atingir até US$ 40 mil por dia, tornaram-se rotina no RJ, de acordo com Leonardo Schneider, vice-presidente do sindicato da habitação do Rio (Secovi-RJ)

A busca por mansões cujos aluguéis podem atingir até US$ 40 mil por dia tornaram-se rotina no Rio de Janeiro, de acordo com Leonardo Schneider, vice-presidente do sindicato da habitação do Rio (Secovi-RJ). Ele falou à DINHEIRO.

DINHEIRO: Como estão as locações de imóveis temporários no Rio por causa das Olimpíadas?

Leonardo Schneider: O mercado nunca esteve tão aquecido como agora. E em todos os segmentos: alto padrão, médio e pequenos apartamentos. Existem imóveis para todos os gostos. E embora estejamos às vésperas dos Jogos ainda é possível se encontrar algo.

DINHEIRO: Quais as características e preços de imóveis de alto padrão ofertados?

Schneider: Existem mansões em São Conrado, Estrada do Juá, locais próximos à Vila Olímpica, com uma diária que pode chegar a US$ 40 mil, espaços estimados de 300 a 500 metros quadrados. Há ainda apartamentos na Barra da Tijuca, por exemplo, por US$ 10 mil a diária. E em bairros como Ipanema e Copabacana é possível se encontrar apartamentos menores, de 100 metros quadrados, a partir de US$ 1 mil a diária.

DINHEIRO: Quem são os locatárias desses imóveis, qual o perfil?
Schneider: Artistas, milionários árabes, americanos ou europeus. Um pouco de tudo. Gente que quer discrição, comodidade e segurança para a sua família. Ou mesmo grupo que observa mais comodidade em alugar uma mansão do que ficar em um hotel cinco estrelas.

DINHEIRO: Que tipo de serviços são oferecidos por quem paga uma diária de US$ 40 mil?
Schneider: Em uma casa na Estrada do Juá, de frente ao mar, há uma série de serviços inclusos. Mordomos, chefes de cozinha, motoristas, seguranças e até ingressos para ver os jogos. Tudo é negociável. Desde uma adega com vinhos e uísque sofisticados, até serviços como manicure e pedicure.

DINHEIRO: De que forma ocorre o pagamento, como é transação comercial dessas locações?
Schneider:
A negociação é realizada com muita discrição e sigilo, a pedido dos contratantes. Geralmente paga-se em dólar ou euro um sinal, e em seguida o restante, assim que se chega ao imóvel. É preciso lembrar que hoje o Rio tem uma oferta de 38 mil imóveis para locação de temporada, o que coloca a cidade como a quarta maior neste tipo de negócio no mundo atrás de Paris, Londres e Nova York.

DINHEIRO: No caso de imóveis mais em conta, apartamentos, como está a procura?

Schneider: A região de Ipanema e da Vieira Souto, os metros quadrados mais caros do Brasil, continua sendo muito procurada depois das mansões próximos à Vila Olímpica. Mas existem bairros outros, na Zona Sul do Rio, onde proprietários desocuparam suas casas para alugar agora,  garantir uma renda extra. Nesses casos tem havido bastante procura, embora não seja possível se mensurar. Esta é uma cultura, de locação de imóveis próprios, que tem crescido no Brasil e deve se perpetuar.

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