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NA EZTEC, ALTERNÂNCIA DE PODER FAMILIAR

11.05.2011

A Eztec também vai trocar de presidente. Nesse caso, trata-se de uma troca familiar, uma alternância de poder entre dois irmãos que já estão no negócio. O primogênito Flávio Zarzur, que era o presidente, vai para a vice-presidência e Silvio Zarzur, assume o comando da empresa, cujo patriarca Ernesto Zarzur preside o Conselho de Administração, mas está muito ativo no dia a dia da companhia.

Praticamente, nada muda com a nova nomeação. Trata-se, muito mais, de um reconhecimento da própria família do que propriamente uma mudança de curso. Flávio continua cuidando mais da parte financeira e Silvio da incorporação. Com essa gestão peculiar e extremamente familiar, a companhia segue com resultados acima da média.

No primeiro trimestre, saiu na frente da concorrência e - aproveitando que o mercado é mais lento no início do ano - lançou cinco empreendimentos, que somaram R$ 445 milhões, perto de 40% do prometido para o ano. "No último trimestre, quando todo mundo estiver brigando para cumprir guidance (projeção), não precisaremos lançar, se não quisermos", diz Silvio Zarzur.

Com a arrancada no início do ano, a empresa não só aumentou lançamentos, como vendas em relação ao quarto trimestre, o que é atípico no mercado. A combinação de preços altos, aliada a forte concentração no mercado paulistano, levou a Eztec a alcançar margem líquida de 44% de janeiro a março deste ano. O lucro líquido no primeiro trimestre foi de R$ 81,3 milhões, alta de 75,4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A receita líquida foi de R$ 184,2 milhões, alta de 30,8% em relação ao primeiro tri de 2010.

Mesmo atuando no mercado de São Paulo, onde os preços de terrenos estão mais altos, a companhia ainda consegue ganhar na ponta. "O mercado continua muito bom, estamos conseguindo manter os preços dos empreendimentos", diz Silvio, procurando explicar os resultados muito acima da média. A questão é saber até quando o mercado vai permitir. "Sabemos que quando o mercado piorar, nossas margens podem baixar."

"Conseguir resultados assim lançando só na zona sul de São Paulo é fácil", cutuca um concorrente da Eztec. Na crise, em 2008, as ações da empresa foram muito castigadas e a companhia decidiu seguir "fazendo aquilo que sabia e não o que o mercado mandava". Não foram para a baixa renda, nem para outros estados. "Decidimos ter uma empresa menor, mas na nossa mão", diz Flávio Zarzur. Em 2010, a Eztec vendeu R$ 748 milhões. (DD)

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