ACIGABC

Notícias

OBRA SEM PLANEJAMENTO ENCARECE 50%

30.10.2011

Trocar o piso da sala, mudar o banheiro de lugar, fazer um jardim de inverno. Quando o assunto é reforma as opções de mudar a cara do lar doce lar são infinitas. Por conta disso, antes de iniciar qualquer quebra-quebra é essencial colocar tudo no papel. “A falta de planejamento torna a obra 50% mais cara”, alerta o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, de São Paulo, Claúdio Conz. O primeiro passo é contratar o profissional e, de acordo com especialistas, um arquiteto faz diferença. O proprietário consegue ver o projeto que está sonhando concretizado. Isso porque, as responsabilidades do profissional são muitas e o consumidor tem direito de cobrá-lo. “Faz parte do trabalho do arquiteto especificar os detalhes da obra e descrever tudo o que será necessário comprar ou trocar, até a pia da cozinha”, comenta Conz. Além disso, deve indicar o pedreiro e os demais profissionais, que estarão envolvidos na obra. Apesar do serviço de arquitetura e construção ter se popularizado nos últimos anos, ainda é caro contratar o profissional da área. “O projeto de um imóvel pode custar entre R$ 40 e R$ 100 o metro quadrado”, informa a arquiteta de Santo André, Rose Chaves. Ou seja, se o profissional cobrar R$ 60 pelo metro quadrado, o projeto de uma residência com 70 m² custará R$ 4.200. SEM ARQUITETO - Também é perfeitamente possível planejar bem uma obra sem contratar um arquiteto. É importante orçar o preço da mão de obra e dos materiais que serão usados com, pelo menos, dois pedreiros diferentes, mas que sejam de confiança do proprietário. “Não basta visitar o site que o profissional tem ou olhar uma imagem de algo que ele diz que fez. Para comprovar a qualidade do trabalho é essencial pedir indicações”, comenta o sócio da Praxis Education, Maurício Galhardo. Portanto, o boca a boca ainda vale a pena. Visitar a casa de um amigo que ficou satisfeito com o trabalho realizado é o começo. Mas para que a comparação da cotação feita por dois profissionais seja justa, os materiais usados e os locais da casa que passarão pela reforma devem iguais. Quem cotou um valor maior planejou o acabamento com um material que precisa ter mais qualidade. Quem paga o material à vista tem 5% de desconto Ter o dinheiro em mãos para pagar o material de construção e a mão de obra é a situação ideal. “Ao pagar à vista no estabelecimento é possível conseguir desconto de 5%”, diz o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. Parece pouco, mas ao gastar R$ 4.000, por exemplo, o proprietário do imóvel terá R$ 200 de desconto, o valor é suficiente para comprar um lustre novo para a sala. Algumas lojas de material permitem que o cliente parcele o material em até seis vezes sem juros, o que é uma alternativa para quem não quer pedir financiamento nos bancos e nem economizou o suficiente para pagar toda a obra. Mas não deixe de reservar o dinheiro para pagar o pedreiro. “Se não pagar no dia acordado, o profissional não volta no dia seguinte e a obra ficará parada”, alerta Conz. O ideal é negociar com o pedreiro ou pintor o pagamento por empreitada, ou seja, por serviço prestado, e não por hora ou por dia. “Pode ser a pintura de uma parede ou a construção de um muro. Até porque, se o material comprado não chegar na residência e o profissional não conseguir trabalhar no dia, o proprietário terá de pagar o dia não trabalhado do mesmo jeito”, explica Galhardo. EMPRÉSTIMO - As instituições financeiras cobram entre 1,53% e 3,95% ao mês para o caso de empréstimos exclusivos para reformar ou construir. O valor do crédito e os prazos para pagamento variam muito de um banco outra. Uma das modalidades de crédito oferecida pela Caixa Econômica Federal, por exemplo, é destinada para quem tem renda mensal bruta entre R$ 465 e R$ 5.400 por mês. As taxas, neste caso, variam de 5% a 8,16% ao ano. Portanto, a dica é pesquisar entre os bancos e descobrir qual financiamento se adequa melhor ao seu orçamento. O Santander tem linha de crédito que pede um imóvel como garantia de pagamento, com isso o juro fica em 1,53% ao mês. Mas há um bem para garantir o pagamento, que é a casa própria. Antes de quebrar é essencial pesquisar Depois de receber das mãos do profissional uma lista com os materiais necessários para a obra faça uma pesquisa de preços. “Tem de ir em diferentes lojas. O valor de um mesmo produto varia de um local para outro”, orienta o professor Maurício Galhardo. Depois, some o gasto previsível com o material e a mão de obra, o que inclui pedreiro, pintor e outros profissionais envolvidos na reforma. “É importante ter pelo menos 50% do valor total em mãos e planejar como será pago o restante. Não dá para interromper a obra no meio do caminho por falta de verba, o material comprado certamente estragará e o prejuízo será enorme”, afirma. IMPREVISTO - Além disso, não esqueça dos imprevistos que são normais em toda construção ou reforma. “Nunca vi uma obra terminar no prazo e nem com o mesmo custo cotado no início. Sempre terá um bloco ou um saco de cimento a mais para comprar”, comenta o professor. O recomendado é reservar de 20% a 30% a mais do que calculou desembolsar, com toda a reforma, para os gastos extras. E, caso sobre dinheiro, poderá se presentear com alguns luxos, como um quadro novo para embelezar a casa. OLHO NA OBRA - É importante fiscalizar a obra pelo menos uma vez por semana. A dica para quem não tem tempo de acompanhar, o que está sendo feito, é pedir a um conhecedor do assunto, que supervisione o andamento da obra. “A reforma tem de ficar do jeito que o proprietário gostaria que ficasse”, pondera o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. Quem não contratou o arquiteto pode procurar o serviço esporádico de um profissional. O cliente pode optar por consultorias pontuais, que custam entre R$ 500 e R$ 600. O proprietário pode, por exemplo, saber se a parede que pretende construir realmente faz sentido no lugar desejado. !--[if !supportEmptyParas]-- !--[endif]-- Construir requer autorização da prefeitura Quem decide reformar ou construir precisa ficar atento às regras. Mesmo que seja uma propriedade particular há normas para construir. O muro que o proprietário deseja fazer pode não ser permitido pela prefeitura e, se a obra foi iniciada, o valor gasto com o profissional e o material para construir serão desperdiçados. Será necessário interromper a construção e ainda terá de arcar com uma multa. “Como arquiteta tenho a obrigação de saber o que pode ou não pode ser executada”, diz a arquiteta Rose Chaves. Portanto, quem contrata o profissional deve cobrar conhecimento sobre o assunto. “O cliente também pode consultar órgãos relacionados a reforma e construção e a própria prefeitura para saber, se o que está sendo feito, está dentro dos padrões”, comenta o sócio da Praxis Education. CUIDADOS - De qualquer maneira, quem decide construir deve prestar atenção em dois fatores. O imóvel precisa ter um local para que a água da chuva seja drenada e não acumule no solo, causando enchentes. Um jardim ou um local gramado é a alternativa ideal para solucionar essa questão. Além disso, o proprietário deve deixar espaços para a entrada de iluminação natural. ARQUITETO - O arquiteto tem de pensar em tudo: reforma, pintura e decoração. “Antes de propor um projeto ao consumidor, faço a medição de toda a obra e um laudo técnico sobre a parte elétrica e hidráulica”, pontua Rose. O profissional também pode ajudar a baratear o custo do quebra-quebra. Ele identifica, por exemplo, que o assoalho não precisa ser trocado, podendo ser reaproveitado.

últimas notícias