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REGIÃO FATURA R$ 69,5 BILHÕES EM 2011

16.02.2012

As sete cidades do Grande ABC faturaram, no ano passado, R$ 69,5 bilhões. O montante é 4,4% maior do que o total registrado em 2010, com R$ 66,6 bilhões. Embora 49% da economia da região seja movimentada pela indústria, foi o setor de serviços, aliado ao comércio, que puxou esse crescimento. No ano passado, as fábricas do Grande ABC contribuíram com apenas 30% para que houvesse o aumento de 4,4% na economia – tanto que o segmento só cresceu 2,7%. Serviços responderam por 54% dessa expansão (com alta de 6,5%) e, comércio, por 16% (incremento de 5,4%). Entre as cidades, Santo André gerou 58% do incremento, seguida por São Bernardo (32%) e São Caetano (10%). Os dados foram divulgados anteontem, durante o lançamento do INA-PSA (Indicador do Nível de Atividade da Prefeitura de Santo André), idealizado pelo Dise (Departamento de Indicadores Sociais e Econômicos), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A intenção é que o indicador seja divulgado mensalmente. “O INA vai ajudar os agentes econômicos e empresários locais a balizar os investimentos na região”, afirma Dalmir Ribeiro, diretor do Dise. “Os indicadores econômicos hoje disponíveis são esparsos e não dão conta de avaliar o conjunto da economia regional. Por exemplo, o PIB (Produto Interno Bruto) das cidades não separa o desempenho por setores, e o consumo de energia elétrica só mensura o que foi fabricado no País, e não o que é fabricado lá fora e montado aqui”, diz Ribeiro. Em sua avaliação, se houvessem indicadores mais completos, os empresários do Grande ABC teriam tido mais oportunidades para ganhar dinheiro na recuperação da crise de 2008. O INA utiliza, em sua composição, a arrecadação mensal de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e ISS (Imposto Sobre Serviços) e o valor das exportações. O mau desempenho da indústria em 2011 foi provocado pelo câmbio desfavorável, que na maior parte do ano ficou na casa de R$ 1,60, o que propiciou enxurrada de importações. “Não fosse o crescimento das exportações, em vez de crescer 2,7% no ano passado, o setor teria se expandido em 0,2%”, comenta Ribeiro. “As indústrias da região se transformaram em distribuidoras de produtos importados, agindo como atacadistas.” Tanto que, dos principais subsetores, a exportação cresceu 12,3% e veículos e peças, 0,7%. O químico recuou 6,3%, e a metalurgia, 7,5%. Serviços têm maior fatia, com 23% do total O setor de serviços (pessoais, distributivos e sociais) foi o que mais faturou no Grande ABC em 2011, respondendo por 23% do total de R$ 69,5 bilhões. Na sequência aparecem as exportações, com 19% do bolo. Os serviços industriais (tecnologia da informação, marketing, financeiro, segurança, manutenção, projetos e produção) ficaram na terceira posição, com 14%. As exportações foram separadas como um setor porque, se ficassem diluídas, não mostrariam o real peso que teve na economia regional no ano passado, justifica Ribeiro. Tanto que, do avanço de 4,4% obtido, 52% foram provenientes do mercado externo. Dados do INA mostram que as vendas ao Exterior foram lideradas por chassis (14%), automóveis (10%), caminhões (9%), turborreatores, pneus e partes de carroçarias (3%) e polietilenos (2%). Quanto às cidades, São Bernardo foi a que acumulou maior receita, com 46% ou R$ 31,7 bilhões. É lá que estão cinco das seis montadoras da região (Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Toyota e Scania). Santo André aparece como vice, com 19% ou R$ 13,2 bilhões. Na avaliação do diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Santo André, que inclui Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Emanuel Teixeira, o indicador pode ajudar os empreendedores por conta de seus dados setoriais e analíticos. “O INA vai dar norte maior aos empresários, propiciando mais agilidade.”

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