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VAGAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL CAEM EM JUNHO

05.08.2010

O número de contratações na construção civil do Grande ABC apresentou queda em junho, gerando saldo negativo de 291 vagas, contra 580 postos em maio. Na região, São Caetano foi o município que mais fechou postos de trabalho no setor durante o mês (498 cortes), seguido por Mauá (137) e Santo André (80). Isso é o que aponta o levantamento do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) - veja tabela ao lado. No entanto, a variação negativa em junho, ante maio, não significa que o setor esteja em crise. "A diferença mensal é resultado de obras que foram acabadas. Consequentemente, o contrato com esses funcionários também se encerra. Porém, no próximo mês, podemos ter contratações com o início de outras obras", conta Rosana Carnevalli, diretora-adjunta da regional do SindusCon-SP no Grande ABC. O número de vagas fechadas em São Caetano, por exemplo, se reflete pelo fim de duas ou três obras, explica Rosana. "Não estamos falando de demissões em outros ramos da indústria, que geralmente, refletem o cenário econômico do País. A abertura ou não de vagas na construção é reflexo de um período curto de início ou término de obras." O segmento da construção civil, por outro lado, gerou saldo positivo de emprego em São Bernardo (252), Diadema (91), Ribeirão Pires (70) e Rio Grande da Serra (11). No ano, o setor aponta crescimento, com a abertura de 4.439 postos de trabalho. O mesmo acontece no período de doze meses, com acúmulo de 5.240 vagas. Por essa comparação, nota-se crescimento de 14,22% na geração de vagas entre os municípios da região. "Esse índice supera nossa expectativa inicial de expansão de 10% no período", acrescenta a diretora-adjunta do sindicato. INCENTIVOS Segundo a dirigente do Sinduscon-SP, 80% das vagas geradas na região são provenientes de obras privadas, ou seja, de incorporadoras - atreladas às linhas de financiamento habitacional e da extensão do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. O programa concederá incentivos fiscais até 31 de dezembro de 2014. O prazo terminava em dezembro de 2013, mas o governo decidiu alterá-lo por meio da MP (Medida Provisória) 497. A medida aumenta também o valor comercial do imóvel que poderá ser considerado de interesse social no programa, passando de R$ 60 mil para R$ 75 mil. Isso implicará também maior número de unidades oferecidas. Por essas razões, a expectativa para os próximos meses, até o fim do ano, é de que o crescimento do setor seja mantido. "Temos crédito, construtoras interessadas na região e pessoas que desejam comprar a casa própria", afirma Rosana. Contratações do setor no Estado também desaceleram O ritmo de contratações na construção civil em todo o Estado de São Paulo também diminuiu, segundo pesquisa mensal realizada pelo Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV (Fundação Getulio Vargas). O saldo em junho foi de 30,067 mil trabalhadores, abaixo da média de 45 mil registrada nos últimos três meses. O estoque de trabalhadores com carteira assinada, por outro lado, aumentou em 1,12% em junho na comparação com maio, para o novo recorde de 2,725 milhões empregados. Em nota, o presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, explicou a desaceleração das novas contratações pela conclusão de obras públicas estaduais nos últimos meses, e pela desaceleração do ritmo de crescimento da construção imobiliária em decorrência do menor número de lançamentos do fim de 2008 e do começo do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, o número de contratações chegou a 268,4 mil e, nos 12 meses encerrados em junho, a 386,7 mil.

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