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FIM DA EXCLUSIVIDADE BANCÁRIA ESTIMULA REDUÇÃO DOS JUROS

20.01.2011

O fim da exclusividade bancária, aprovado pelo BC (Banco Central) na sexta-feira, vai estimular a livre concorrência e contribuir para a redução das taxas de juros cobradas pelos bancos, afirmou ontem o chefe do departamento de normas do sistema financeiro do BC, Sérgio Odilon dos Anjos.

Segundo ele, a partir de agora, o correntista pode fazer operações no banco de sua escolha e não apenas na instituição em que é cliente. A regra vale, inclusive, na tomada de empréstimos consignados em folha de pagamento. O cliente tem direito de portabilidade da conta, mesmo que esteja vinculada ao recebimento de salário.

O fim da exclusividade vale, no entanto, apenas para os contratos novos. Os antigos, com cláusula de exclusividade, continuam sendo respeitados, lembrou Sérgio Odilon./CW

Analistas de mercado, entretanto, recebem a notícia de possível redução dos juros bancários com algum ceticismo. Principalmente diante da estimativa de elevação da Selic (taxa básica de juros) neste ano.

ALTA DOS JUROS

O vice-presidente da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, lembra que, depois de quatro meses seguidos em queda, os juros bancários subiram nos meses de novembro e dezembro, em razão da retomada do processo de inflação que desencadeou expectativas de elevação da taxa Selic a curto prazo.

De acordo com pesquisa da Anefac, a taxa média de juros bancários chegou a 6,79% no mês em dezembro, o que dá 119,97% ao ano - mais de 11 vezes a taxa básica de juros que serve de parâmetro para os custos bancários.

Dessa forma, segundo ele, se os bancos mantiverem essa margem, cada elevação na Selic corresponderá a reajustes nas taxas bancárias. Miguel de Oliveira ressalta que o cenário de pressões inflacionárias leva a expectativas de mais aumentos na Selic ao longo de 2011

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