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CYRELA PREVÊ RETOMAR RITMO DE LANÇAMENTOS EM 2013

14.11.2012

A Cyrela Brazil Realty prevê retomar seu ritmo normal de lançamentos em 2013, depois de um ano de dificuldades na obtenção de licença de projetos, principalmente em São Paulo, conforme informou, ontem, o diretor-geral de vendas da incorporadora, Gilson Hochman, em teleconferência com analistas e investidores. Atualmente, a Cyrela tem cerca de R$ 8 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) de projetos que aguardam liberação por parte de órgãos governamentais. Desse total, metade é de empreendimentos no Estado de São Paulo, segundo o vice-presidente financeiro da companhia, José Florencio Rodrigues. Ele não informou a fatia na capital paulista, mas indicou ser muito relevante. Rodrigues afirmou que o governo da capital paulista tem todo interesse que o ritmo de aprovações seja retomado, mas ressalvou, porém, que a evolução vai depender de como se dará a gestão do novo prefeito eleito. A companhia tem, aproximadamente, 11 meses de estoque. Segundo Rodrigues, o nível não é preocupante e a empresa vem tomando as medidas adequadas para manter esse indicador estável. O que gera certa preocupação, entretanto, é a parcela de estoque pronto, que hoje responde por 15% do estoque total da Cyrela. "Esse estoque pronto é fruto de projetos que deram errado no passado, [em um modelo] que não vai mais se repetir", afirmou o executivo. No terceiro trimestre do ano, a Cyrela registrou um volume de vendas de R$ 1,75 bilhão, sendo R$ 1,36 bilhão (77%) em estoques. Desse valor, R$ 272 milhões foram de estoques prontos vendidos. O banco de terrenos da empresa totalizava 13,43 milhões de m2 no fim de setembro, 2,9% abaixo do observado um ano antes. De maneira geral, a empresa investe anualmente de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões na compra de terrenos, segundo Florencio, que acredita que o ritmo de aquisições deve ser mantido ou até ligeiramente aumentado. "A gente está até acelerando a compra de terrenos para atender à expectativa de lançamentos no curto prazo", afirmou, referindo-se a 2014 e 2015. Para 2013, a empresa tem 90% do banco de terrenos necessário para os projetos previstos. Já a Even Construtora e Incorporadora projeta para 2013 nível de lançamentos igual ou um pouco superior ao deste ano, em que a previsão é fechar com R$ 2,5 bilhões. "Ainda não temos guidance oficial para 2013, mas estamos trabalhando com um patamar no mínimo semelhante ao deste ano", afirmou o presidente da companhia, Carlos Terepins. Em 2012, porém, a Even poderá não atingir sua meta, pois os lançamentos até o início de outubro somavam R$ 1,6 bilhão, faltando ainda R$ 900 milhões para os últimos meses do ano. Segundo Terepins, a companhia tem projetos que permitiriam alcançar os R$ 2,5 bilhões, mas o resultado depende de aprovações. "Estamos razoavelmente otimistas, mas pode ser que alguns projetos passem para 2013," disse Terepins.

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