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EXPLOSÃO DIGITAL

10.11.2010

Em busca dos consumidores que passam cada vez mais tempo conectados à internet, o mundo dos negócios está cada dia mais digital. Campeão mundial de horas na rede, com 66h38m por mês, segundo levantamento do Ibope Nielsen, o brasileiro é o cidadão mais ativo do mundo nas mídias digitais e redes sociais. Representa a maior comunidade do Orkut e cresce no Twitter e no Facebook.

 

 

Na operação global da Intel, o Brasil é o país que mais responde as ações nas mídias sociais. A empresa mantém um blog corporativo, página no Facebook, presença no Twitter e vem usando esses meios para aproximar os cientistas dos consumidores. Em outubro, a companhia consultou as redes para saber que tipo de computador os consumidores esperavam para o Natal. Obteve 2 mil respostas que a ajudaram a calibrar a recomendação para fabricantes parceiros.

 

"O consumidor digital no Brasil é um fenômeno. Isso abre inúmeras possibilidades para as empresas, seja para comunicar atributos para a construção de uma marca, seja para a geração de demanda. O consumidor usa a rede para conhecer produtos, ser influenciado e comparar preços. O aspecto digital do processo de compra já é uma realidade", diz Cássio Tietê, diretor de marketing da Intel.

Para Cristiano Denker, líder da área de interactive da Accenture, o que se vê hoje é uma mudança no perfil do consumidor que está conectado, é multicanal e com maior mobilidade. No próprio ponto de venda, na hora da compra ele pode consultar outras lojas.

As empresas com forte presença na rede estão sempre em teste, contando com a participação dos consumidores no que se chama de "always beta", ou seja, colocam produtos de forma mais rápida, mesmo que não estejam totalmente prontos. Assim, criou-se a cultura de experimentar coisas novas. "No ambiente digital, as empresas não podem ser conservadoras para não perder o time. E ainda podem engajar o consumidor na busca de melhorias e criar relacionamento de longo prazo. Um dos exemplos é o carro conceito Mio, da Fiat, que está sendo produzido em com a ajuda dos consumidores."

Essa movimentação corporativa ocorre na esteira de uma explosão digital. O total de usuários de internet no planeta saltou de 361 milhões, em 2000, para 1,96 bilhão este ano, segundo dados do site de estatísticas Internet World Stats. Nesses dez anos, na América Latina, o número saltou de 18 milhões para 204 milhões. No Brasil, a base de internautas era de 4 milhões em 2000 e deve superar este ano os 50 milhões de usuários com acesso em casa ou no trabalho, segundo dados da Ibope Nielsen.

Embora esteja abaixo dos índices de densidade desejáveis, a banda larga avança no país com taxas de crescimento de 26% nos últimos três anos, segundo a IDC, consultoria líder de mercado em tecnologia de informação e telecomunicações. Estima-se que em 2009 existiam mais de 34 milhões de acessos de alta velocidade na América Latina e o Brasil respondia por 45%, com 15 milhões de conexões. Do total, 11,5 milhões eram acessos fixos e 3,5 milhões, móveis.

"A banda larga móvel é o principal fator de crescimento pela facilidade na expansão da cobertura, o que deve contribuir para a rápida disseminação dos acessos em alta velocidade. No primeiro trimestre, pela primeira vez os acessos móveis cresceram mais que os fixos, representando 25% das conexões", diz Samuel Rodrigues, analista da IDC. Isso tem contribuído para a maior densidade da banda larga, que passou de 6% no fim de 2009 para 10% nos primeiros meses deste ano. A expectativa é fechar 2010 com 17 milhões de conexões.

A desoneração tributária sobre computadores e o crédito abundante estimularam a compra de equipamentos. As vendas de computadores crescem em média de 15% a 20% ao ano, passando de 11,7 milhões em 2008 para 13,7 milhões em 2010, segundo a IDC. No total, 46% das vendas são de notebooks, o que mostra a crescente individualização do acesso.

Na telefonia celular houve uma explosão nas vendas, com o número de usuários chegando a 191,5 milhões em setembro. Segundo o Gartner Group, em 2010 serão vendidos 49,7 milhões de dispositivos móveis no país, dos quais 4,5 milhões são smartphones

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