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ECONOMIA: UMA ÓTIMA NOTÍCIA: O ÍNDICE BOVESPA ESTÁ DERRETENDO!

09.08.2011

Na avaliação da maioria dos investidores, a crise mundial se agravou sobremaneira nas últimas semanas e o fim do mundo se aproxima. Ao menos essa é a leitura de quem acompanha a oscilação dos principais índices de ações.
Neste momento, os investidores tendem a ficar absurdamente desconfortáveis, não perdem um noticiário sequer, ligam para os seus consultores. Buscam, enfim, algum conforto, alguma “palavra de salvação” diante do aparente “holocausto” que se avizinha.
Quando observo esses movimentos, sempre me pergunto por que as pessoas não conseguem seguir aquilo que estudam. Na bonança, repetem aos quatro cantos os preceitos de “comprar na baixa e vender na alta”, mas não passam nem perto de colocar isso em prática durante a crise.

Por que não conseguem ver as realizações como grandes oportunidades? Por que ficam com medo? Medo de gastar metade para comprar a mesma quantidade de ações que, há poucas semanas, gastariam o dobro para comprar?

Ninguém ficaria com medo de comprar um carro zero avaliado em R$ 100 mil que foi colocado a venda por R$ 50 mil. Na verdade, se fizessem um negócio como esse provavelmente se vangloriariam. Por que não fazem o mesmo com as ações?

Talvez seja pelo fato de enxergarem a bolsa como uma espécie de cassino e não como um meio de se tornar efetivamente sócio de grandes empresas com excelentes históricos de sucesso.

Não fosse assim, por que as pessoas não se sentem angustiadas ao saber que o vizinho do andar de baixo vendeu seu apartamento 30% abaixo do seu valor de mercado? Por que, ao saberem de uma notícia como essa, não ligam para o seu corretor colocando o próprio imóvel à venda “antes que o mercado derreta”?

Exemplos como esses são simplistas, pueris, mas guardam muitas similaridades com as ações. Os movimentos são muito parecidos, mas têm efeitos completamente diferentes nas mentes das pessoas.

Meu envolvimento com o mercado de ações começou de forma mais efetiva em 1998. De lá pra cá, já vi e vivi muitas crises, e o movimento dos investidores foi sempre o mesmo. E foram muitas as crises: tigres asiáticos, Rússia, estouro da bolsa de tecnologia (Nasdaq), Argentina, subprime, zona do euro etc.

Sempre os mesmos movimentos de manada, sempre o mesmo desfecho. No meio do turbilhão, o mundo parece desabar e todos vendem as ações a qualquer preço. Depois, à medida que o mercado vai subindo e fazendo máxima atrás de máxima, as pessoas retornam ao mercado!

Nos momentos de alta, com o Ibovespa em recorde histórico, ninguém liga para o seu consultor, some o medo, não acham que a alta possa ser exagerada, que aquela empresa não vale o que estão pagando. E é nos momentos de euforia que me vêm as maiores dúvidas. Como é difícil vender. O papel está caro ou barato? Essa sim é uma análise complicada. Na bonança, os investidores ficam muito corajosos e o que é caro pode ficar ainda mais caro.

Por outro lado, momentos de pânico como o atual representam oportunidades excepcionais de investimento e aqui não tenho dúvida: ótimos negócios podem ser feitos! É muito mais fácil e confortável comprar um ativo que você conhece, analisou e sabe que está barato. Claro que esse ativo pode ficar ainda mais barato. Mas o desconforto de tê-lo em carteira durante esses movimentos de manada é nulo. Com o tempo o mercado sempre acerta essas assimetrias. As empresas têm valor. Os estoques, imóveis, maquinário, “know-how” não sumiram 30% de um dia para o outro só porque as ações despencaram.

Alguns investidores se perguntam o que fazer caso tenham comprado barato uma ação e, mesmo assim, o papel continue caindo por conta da crise. Aproveito esses movimentos para, gradativamente, aumentar minha exposição a ações.

Aliás, aqui cabe uma observação. Para continuar comprando o investidor precisa ser superavitário no seu orçamento. Isso significa que precisa gastar menos do que ganha. Essa é a premissa básica para enriquecer. Sem proceder dessa forma o investidor se vê de mãos atadas em momentos como este e não tem de onde tirar dinheiro para comprar barganhas. Não há mágica para quem não poupa e muito menos para quem gasta além do que recebe. Se algum leitor souber como ganhar dinheiro dessa forma, por favor, me escreva.

Por tudo isso, recordem-se do que leram e estudaram. Releiam os livros. Guardem artigos das crises passadas. Lembrem-se de que os movimentos se repetem e continuarão se repetindo no mundo capitalista. Não fiquem ansiosos, depressivos ou nervosos com os movimentos de baixa. Ao contrário, aproveitem-se deles! As grandes empresas do país estão em liquidação: preços com descontos de até 50%. Aproveitem que é por tempo limitado

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