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CONSTRUÇÃO CIVIL VAI BEM, MAS SANEAMENTO PATINA

21.12.2011

Para o setor de construção civil, o ano de 2012 será um prolongamento do cenário de 2011, especialmente no segmento de habitação. "Devemos registrar um crescimento parecido com o deste ano, em torno de 5%, bem acima do PIB", prevê o engenheiro Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do Sinduscon-SP. Quanto aos projetos populares de habitação incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Zaidan explica que o ritmo está mais lento. "De 1 milhão de residências prometidas no PAC 1, só um terço foi entregue e as do PAC 2 não saíram do papel", diz. "O programa deixa a desejar na oferta de habitação para a baixa renda nos grandes centros. Há problemas de preço e escala na construção de imóveis para essa faixa." As expectativas também variam de acordo com a região do país. No Rio de Janeiro, por exemplo, são melhores. O Sinduscon-RJ projeta uma alta de 7% na atividade deste ano, desempenho que espera repetir ou mesmo superar em 2012. "Há uma grande procura no segmento de imóveis corporativos e na construção de pequenos shoppings atrelados a projetos hoteleiros", explica o presidente Roberto Kauffmann. Enquanto isso, no setor de saneamento as expectativas não são das melhores para 2012. Embora existam bons projetos em Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco, os recursos são insuficientes para atender à demanda. "Em 2011, tivemos uma queda de quase 20% nos investimentos em relação aos R$ 7,8 bilhões do ano anterior", diz Edison Carlos, presidente da ONG Trata Brasil. "E mesmo o recorde de R$ 7,8 bilhões estão muito distantes do necessário para universalizar o acesso à água e esgoto até 2030." "Seriam necessários investimentos de R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões para cumprir a meta de universalização", diz Carlos. Para ele, as eleições municipais em 2012 podem acelerar a conclusão de algumas obras, mas nada que possa alterar substancialmente o panorama. (C.V.)

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