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VERBA DE BOOM IMOBILIÁRIO PODE IR PARA O METRÔ EM SP

14.09.2011

A Prefeitura de São Paulo quer usar o dinheiro do boom imobiliário da região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul, para investir pelo menos mais R$ 1 bilhão em uma nova linha de metrô na capital, que aparece com detalhes nos mapas da companhia pela primeira vez.
Linha amarela deve abrir todos os dias em outubro
A linha 4-amarela do Metrô de São Paulo deverá passar a funcionar em horário integral - abrindo também domingos e feriados - em "duas ou três semanas", segundo Luís Valença, presidente da Via Quatro, a concessionária que administra a linha.

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Batizado de Linha 20-Rosa, o novo ramal terá 12,3 quilômetros de extensão e ligará a Lapa, na zona oeste, a Moema, na zona sul.
A linha faz parte do Plano Expansão 2020 do Metrô, a que a reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" teve acesso com exclusividade. O estudo projeta o sistema com até 161 estações de metrô na região metropolitana - hoje são 62 - e ampliação dos atuais 70,6 km para 184,2 km de linhas. A previsão de investimento estadual na rede é de R$ 27,4 bilhões até 2015.
Nos estudos preliminares do Metrô, a Linha 20-Rosa aparece com entrega prevista para 2025, mas a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos acredita que esse prazo possa ser encurtado graças ao interesse da Prefeitura em investir no ramal.
O projeto inicial prevê 14 estações, espalhadas pelas zonas estritamente residenciais próximas da Praça Panamericana e por toda a extensão da Faria Lima.
No mapa do Metrô, é possível ver que a futura linha tem tudo para ser polêmica, uma vez que passa por áreas valorizadas, como Jardim Europa e Jardim América.

O dinheiro da prefeitura viria das contrapartidas pagas pelo mercado imobiliário da região da Operação Urbana Faria Lima para construir prédios acima do limite da lei de zoneamento.
Como o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou há duas semanas, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) enviou um projeto à Câmara Municipal que prevê a emissão de mais 500 mil Certificados de Potencial Construtivo (Cepacs), títulos que permitem a construção de edifícios mais altos.
Esses papéis devem render cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos - no último leilão da operação, em 25 de maio de 2010, cada Cepac foi comercializado por R$ 4 mil, valor considerado baixo, pela demanda do mercado.
Parte do valor arrecadado deve ir para a Linha 20 do Metrô, já que, por lei, esse dinheiro deve ser aplicado no perímetro da Faria Lima. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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