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BANCO DO BRASIL PROJETA ALTA DE 26% EM SUA CARTEIRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO

31.07.2015

Banco tem oferecido tetos para financiamento maiores que os da Caixa.
'Temos procurado aproveitar as oportunidades', diz diretor do banco.

Darlan Alvarenga
Do G1, em São Paulo

Apesar da retração no mercado de financiamento de imóveis, o Banco do Brasil projeta um crescimento de 26% em sua carteira de crédito imobiliário este ano. O banco tem se destacado por oferecer limites maiores que o da Caixa Econômica Federal, líder de mercado com participação de mais de 60%.

"Nossa expectativa para esse ano é trabalhar em torno de R$ 10 bilhões de crescimento no ano em todas as linhas", disse ao G1 o diretor de crédito imobiliário do BB, Hamilton Rodrigues da Silva.

A expectativa do banco é que o saldo total da carteira de financiamentos imobiliários atinja R$ 51,3 bilhões no final do ano, ante os R$ 40,7 bilhões do fechamento de 2014.

Segundo o BB, a carteira de crédito imobiliário do banco atingiu em abril (último dado disponível), R$ 42,06 bilhões, o que corresponde a crescimento de 45,9% em 12 meses. O banco informa ter atualmente participação de mercado de 8%, o que posiciona a instituição na vice-liderança do segmento.

Linha financia até 90% do valor do imóvel
Nesta semana, o Banco do Brasil anunciou que disponibilizou cerca de R$ 1 bilhão para financiar até 90% do valor da casa própria na sua linha de financiamento pró-cotista - voltada para quem tem conta ativa no FGTS e pelo menos 36 contribuições. Já a Caixa fixou o limite de até 85% do valor do imóvel para a sua linha neste segmento.

"Esta é mais uma linha que vai contribuir para atingir os objetivos da nossa estratégia de crescimento", disse Silva. A estimativa do Banco do Brasil é que a linha de R$ 1 bilhão possa representar cerca de 5 mil novos contratos de financiamento.

Na linha pró-cotista os juros são mais baixos do que os cobrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), com recursos da poupança. Por outro lado, o valor dos imóveis está limitado a 400 mil, tanto novos como usados.

O BB fixou taxa de juros de 9% ao ano para a linha pró-cotista do FGTS. Nos financiamentos  com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), a taxa de juros efetiva referencial é de 10,79% + TR.
Mercado de crédito mais restrito
O novo estímulo ao mercado imobiliário acontece após o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ter aprovado novas condições e um aumento de R$ 5 bilhões no crédito disponível para a linha pró-cotista ante uma previsão anterior de apenas R$ 800 milhões este ano.

O reforço nesta linha de crédito faz parte também do esforço do governo de evitar uma retração muito grande na oferta de crédito imobiliário depois que os saques na caderneta de poupança aumentaram e reduziram o valor disponível para os empréstimos no Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip), entre janeiro e maio de 2015, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança somaram R$ 38,9 bilhões, o que corresponde a uma queda de 11,8% na comparação com o mesmo período de 2014.
"Quando se tem essas situações, você tem dificuldades e oportunidades. O que temos procurado ao longo desse ano é aproveitar essas oportunidades”, afirma o diretor do BB. "Como o banco tem uma base de clientes grande, conseguimos dentro da nossa estratégia atingir os objetivos independente das situações que o mercado todo discute”.

O Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 5,818 bilhões no primeiro trimestre, alta de 117,3% ante igual período de 2014 e resultado recorde para o período.

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