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SÃO CAETANO É A 7ª CIDADE MAIS VERTICALIZADA DO PAÍS

03.09.2011

São Caetano é a 7ª cidade com mais prédios

A avalanche de lançamentos imobiliários residenciais e comerciais que São Caetano assiste nos últimos anos posicionou o município entre os dez mais verticalizados do País, ocupando a sétima posição com 38% dos imóveis formados por apartamentos, aponta estudo do Ibope Inteligência.

O território de 15 km² e os 1.006 edifícios construídos fazem com que a cidade tenha 67 prédios por quilômetro. A cada ano, são entregues em média seis grandes empreendimentos na cidade. Por isso, seu índice de verticalização é superior ao do Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

DISPUTADOS - Com os estoques de terrenos baixíssimos, as incorporadoras disputam os poucos espaços que restam nos bairros Santo Antônio, Santa Paula, Barcelona e Centro. Para erguer edifícios nessas áreas é preciso desembolsar muito dinheiro, diz o arquiteto da Secretaria de Obras da Prefeitura, Enio Moro. "O Plano Diretor aprovado em 2006 impôs restrição para construir no Santa Maria, Vila Gerty e São José."

No bairro Santa Maria, por exemplo, os prédios podem ter no máximo sete andares. Para a dona de casa Maíra Adelina Fernandes de Paula, 53 anos, esse é um fator que dificulta a venda do imóvel de 400 m² na Alameda São Caetano. "Dois vizinhos também querem vender suas áreas, somando 1.300 m², mas as construtoras não querem pagar muito", reclama.

Maíra cobrou R$ 1.800 pelo m², mas algumas empresas interessadas queriam pagar apenas R$ 1.100. Ela reduziu para R$ 1.500, mas ainda não achou comprador. Como na área não é permitido erguer torres, a negociação é mais difícil.

A diretora de uma imobiliária na cidade, Valéria Corrêa, salienta que o pagamento de outorga onerosa (taxa extra) à Prefeitura para levantar além do permitido está inviabilizando lançamentos na cidade, que começará a cair, pois a área construída é menor. "Outra dificuldade é convencer os moradores de imóveis antigos a vendê-los para as incorporadoras", pontua a executiva.

Para aumentar o estoque de terrenos, os corretores tentam comprar diversas residências antigas no bairro Barcelona para assim somar área atrativa e disponibilizá-la para as construtoras. Valéria afirma que esse trabalho às vezes leva até oito meses. "E com poucos terrenos, o valor do metro quadrado atual de R$ 4.500 pode dobrar nos próximos anos", prevê a diretora.

INFRAESTRUTURA - Para o arquiteto Enio Moro, a limitação para construir nesses bairros e a proibição para erguer edifícios no Olímpico e Jardim São Caetano acontecem porque a infraestrutura de energia elétrica, esgoto e água não comporta mais grandes prédios.

"O Plano Diretor e a outorga onerosa são instrumentos que ajudam a controlar a expansão vertical da cidade e a manter o nível de serviço básico com qualidade para os munícipes", explica. Desde que a outorga começou a vigorar, em 2010, nenhuma construtora solicitou à administração para construir além do permitido.


 

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