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REGIÃO CUMPRE 43% DA META DE MORADIAS

30.07.2012

A cinco meses de concluir a gestão 2009- 2012, os prefeitos da região entregaram 43% das unidades habitacionais prometidas, ou 4.491 moradias. Inclusive, houve redução no número de unidades apontado como meta, que caiu de 10.493, conforme o Diário divulgou em outubro, para 6.624. Levando-se em consideração a promessa mais recente, o Grande ABC concluiu 63% das moradias para pessoas de baixa renda. Para garantir o término das 2.133 unidades faltantes até dezembro, é preciso concluir 14 imóveis por dia, em média. Quatro cidades respondem pela maioria dos projetos habitacionais: Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá. A que mais entregou apartamentos até agora foi São Bernardo, com 2.676 famílias beneficiadas. Até o fim do ano, a intenção é entregar outros 900, totalizando 3.576 unidades. No ano passado, porém, a meta era concluir 4.200 lares até o fim da gestão. A secretária de Habitação Tássia Regino afirmou que, até 2013, a cidade deve contar com 5.280 novas unidades. "Atuamos em três frentes para reduzir o deficit habitacional de 38 mil unidades levantado em 2010: produção habitacional, urbanização com regularização e somente regularização", explicou. O investimento para as 13 obras contratadas junto ao governo federal é de R$ 683,4 milhões. Santo André concluiu até agora 987 unidades e promete entregar 776 até o fim do ano, totalizando 1.763. A meta do ano passado era de 5.719, incluindo unidades habitacionais e urbanização. A cidade se diz prejudicada por atraso nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Jardim Ipanema e Vila Curuçá, ambas por problemas com a construtora. "O contrato teve de ser rompido e estamos realizando a licitação novamente", destacou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Frederico Muraro. Foram investidos R$ 350 milhões. O município conta ainda com 1.996 moradias em construção e outras 1.118 em fase de conclusão de projeto, já com verba disponível, além das 3.900 unidades previstas para o Jardim Santo André, em convênio com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), com recursos de R$ 400 milhões. CARA NOVA - Diadema finalizou 421 moradias até agora, com verba de R$ 22,2 milhões, e pretende concluir até o fim de 2012 mais 337, totalizando 758 entregues. A meta apontada antes era de 2.150. Atualmente, há 897 moradias em obras na cidade, e 513 ficarão para depois de 2013. Entre as inaugurações mais importantes está a Nova Naval, projeto que mudou a favela que já foi considerada uma das mais violentas da Grande São Paulo. "Somente ali foram entregues 324 moradias, divididas em dois conjuntos: o Serraria e o Nova Naval. Além disso, há o trabalho de urbanização de lugar que sofreu não apenas com a falta de segurança, mas também com enchentes e incêndios", destacou o secretário de Habitação do município, Milton Nakamura. Em Mauá, foram entregues até agora 310 unidades nos núcleos Cincinato Braga, Jardim Kennedy, Parque das Américas e Jardim Paranavaí. A promessa é entregar até dezembro mais 120 unidades no Jardim Oratório, com verba de R$ 6,4 milhões do PAC. A região ainda teve, em 2011, a entrega de 97 apartamentos da CDHU no bairro Prosperidade, em São Caetano. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não entregaram unidades nessa gestão. Família espera unidade em situação precária A desempregada Maria José de Souza, 28 anos, foi contemplada com o apartamento 2 do bloco 29 no Conjunto Três Marias, em São Bernardo. Desde maio, há promessa de que ela e a filha, Maria Eduarda, 8, iriam se mudar de área de risco do Jardim Ipê, de onde famílias estão sendo removidas. Mas ambas continuam ali, em meio ao entulho de barracos demolidos. O aspecto de abandono atraiu o tráfico de drogas. Dez famílias aguardam a mudança. No caso de Maria José, ela entrou com processo administrativo por tratar-se de desmembramento familiar. "Morava com minha mãe na época em que ela foi cadastrada, mas depois me mudei. A assistente social fala que está tudo certo agora, mas mesmo assim não marcam a data da mudança."Sem ter energia elétrica e água, Maria José recorre a vizinhos para se alimentar e tomar banho. "Apenas durmo no barraco, mas até isso está perigoso. Esses dias arrombaram o cadeado. Eu e minha filha estamos correndo risco." Procurada, a Prefeitura não se manifestou. BENEFICIADA - Quem já mora no conjunto está feliz por ter deixado a favela para trás. É o caso da doméstica Célia de Souza, 35, uma das primeiras a se mudar para o Três Marias. "Viver aqui é bem melhor, a gente não precisa ter medo da chuva", diz ela, que deixou o Sítio Bom Jesus em 2007 e ficou por três anos no bolsa-aluguel.

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