INCORPORADORAS PREVEEM IMPULSO NO TERCEIRO TRIMESTRE
Revigoradas pela forte demanda gerada a partir do programa habitacional do governo, fácil acesso ao crédito, sinais positivos da macroeconomia e com dinheiro em caixa, as incorporadoras esperam registrar o melhor desempenho do ano no terceiro trimestre. "E a expansão deve continuar em 2011, com a maioria das empresas esperando trabalhar com caixa positivo", aponta a equipe de analistas da Planner Corretora.
Segundo analistas, a entrega desses empreendimentos vai reforçar o caixa dessas empresas, que já estão capitalizadas com recursos obtidos através da emissão de debêntures e ações.
Na segunda metade do ano, historicamente, as incorporadoras apresentam resultados melhores dentro da média anual, mas diante da proximidade das eleições as incorporadoras estimam que o esforço de lançamentos e vendas devem se concentrar até o início do mês de outubro. "Os últimos meses do ano serão dedicados aos planos para continuar crescendo em 2011", observou Michel Wurman, diretor vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da PDG Realty, durante recente teleconferência com analistas.
Entre julho e dezembro a PDG espera entregar 14.421 unidades, totalizando 22.716 habitações no ano. Alinhada com o crescimento do setor, em 2011 a companhia projeta a entrega de 30.203 unidades. Se preparando para atender a essas estimativas, a PDG encerrou o semestre com um banco de terrenos consolidado de R$ 30,2 bilhões, quase o dobro do informado no final de março, distribuídos em 568 projetos.
Com a alta nos custos, puxada pela mão de obra e o valor dos terrenos, a saída da indústria da construção foi adaptar seus projetos ao bolso do cliente para aproveitar ao máximo o momento. "Além da disponibilidade de crédito e recuperação da massa salarial, o Brasil atravessa um momento demográfico único no qual a parcela em idade ativa da população ainda é superior ao número de crianças e aposentados", comemora Ubirajara Spessoto de Freitas, diretor geral da Cyrela Brasil Realty.