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MAIOR VIDA ÚTIL REDUZ CUSTO FINAL DA OBRA

28.01.2011

Na era da sustentabilidade, o alumínio vem se transformando em poderoso aliado da construção civil, indústria responsável por mais de 50% da demanda de toda a produção nacional. Como tendência da arquitetura, o metal se populariza e permite inovar em aplicações como janelas com ares de persianas, acompanhadas por controles remoto capazes de regular não somente a luminosidade e a acústica do ambiente como influenciar a temperatura do local. Uma tecnologia capaz de reduzir o uso de ar-condicionado e de aquecedor.

 

 

Embora o consumo de eletricidade seja intenso no processo de transformação, o alumínio tem características sustentáveis tanto pela tecnologia embutida nas esquadrias como pela durabilidade da matéria-prima. "O alumínio é hoje um dos itens com maior vida útil numa obra, com longevidade estimada em mais de 40 anos", diz o empresário Roberto Papaiz, presidente da Associação dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal). "Os produtos de alumínio também são recicláveis e têm alto valor residual".

 

Aos benefícios ambientais da aplicação do alumínio na construção civil soma-se a maior competitividade adquirida em relação a outros materiais nos últimos anos. "Novas aplicações na construção civil popularizam o material que chegou a um preço razoável em relação a outros, à reboque das preocupações com as diretrizes de sustentabilidade exigidas inclusive para liberação de crédito", diz o arquiteto Julio Guerra Torres, sócio da Torres Miranda Arquitetura. Outra vantagem apontada pelo vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Carlos Alberto de Moraes Borges é o tempo reduzido de execução da obra, o que no fim da história reduz o custo total do empreendimento. "É preciso fazer a avaliação global dos custos, pois um sistema que utilize alumínio pode eventualmente ser mais caro quando comparado com outra alternativa", explica.

Sinal de que essa equação tem sido privilegiada tanto por clientes como pelas construtoras está no faturamento da indústria do alumínio, que saltou mais de 30% em 2010, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alumínio (Abal). A construção civil é responsável pelo consumo de 100 mil toneladas anuais do metal, para uma demanda doméstica total de 20 milhões de toneladas. "Sua relevância para o setor deve aumentar ano a ano", afirma Borges.

Embora não exista estatística fechada, a expectativa é de crescimento bem acima do Produto Interno Bruto (PIB), impulsionado pelo enorme déficit habitacional brasileiro, programas de incentivo do governo federal, além dos empreendimentos necessários em torno da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, ambos pela primeira vez realizados no Brasil.

A partir de fevereiro deste ano, portas e janelas produzidas no País, de alumínio ou não, terão de obedecer a novos critérios da NBR 10821. A medida tem aval da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN). "Essa e outras regras beneficiarão construtoras e consumidores, que terão orientação na hora de comprar o produto ideal para sua obra, com garantias de qualidade", diz o consultor de Marketing da Hydro Alumínio, Adilson Molero. Na prática, alguns métodos foram modificados e houve a inclusão de uma classificação de desempenho para a esquadria, dependendo de sua aplicação, explica.

O grupo, de origem norueguesa, figura entre os líderes mundiais no desenvolvimento de energia renovável, com destaque para a fotovoltaica - aquela obtida através da conversão direta da luz em eletricidade. Moldero acompanha o trabalho da empresa nas investidas por aqui. No Brasil, esse mercado começa a despontar com a construção da usina de Tatuá, no Ceará, na região dos Inhamuns.

Trata-se da primeira do tipo no País e a maior da América Latina, A obra consumiu R$ 12 milhões dos cofres da MPX, de Eike Batista, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e dos governos estadual e municipal. Nessa empreitada, os 4,4 mil painéis emoldurados por alumínio são todos importados da China, mas há estudos de mercado para acompanhar uma provável ampliação da demanda.

O Ministério das Cidades é responsável pelo o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat, o chamado PBQP-H. Iniciativa que visa elevar os patamares da qualidade e produtividade da construção civil, por meio da criação e implantação de mecanismos de modernização tecnológica e gerencial. Isso envolve um conjunto de ações que devem ser respeitadas pelos fornecedores.

Mais de 50 empresas aderiram aos protocolos, que garantem ao mercado a conformidade dos produtos. O objetivo, a longo prazo, é criar um ambiente de isonomia competitiva, que propicie soluções mais baratas e de melhor qualidade para a redução do déficit habitacional no país. O objetivo é atender, em especial, a produção habitacional de interesse social.

Entre as companhias que aderiram às regras está a Belmetal, distribuidora exclusiva dos produtos para a construção civil da Companhia Brasileira do Alumínio (CBA), empresa do grupo Votorantim Metais, que incluem extrudados e telhas de alumínio. Uma parceria que fortalece a atuação de ambas diante das perspectivas do crescimento brasileiro.

Sem revelar valores, o gerente nacional de Produtos Transformados da Belmetal, José Noronha, diz que a empresa investe em produção, produtos e serviços, além de implantação de novas filiais. "Temos muitos projetos ligados à infraestrutura de obras do Plano Acelerado de Crescimento (PAC), da exploração do pré-sal, do Minha Casa, Minha Vida e da modernização dos estádios para a Copa do Mundo de Futebol".

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