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VENDA DE IMÓVEIS NOVOS AVANÇA EM MAIO

14.07.2011

O mercado imobiliário retomou o fôlego de crescimento. A venda de imóveis novos na região avançou cerca de 10% entre janeiro e maio. "O cenário poderia ser melhor se não faltasse imóvel na faixa de R$ 150 mil no mercado. Isso impede, por exemplo, que as vendas cresçam ainda mais no Grande ABC", diz o vice-presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC e empresário do Setor, Milton Casari.
Outro fator que ajuda a frear o ritmo de vendas é a forte demanda, que contribui para alta dos preços. "Faltam imóveis. O Grande ABC se valorizou muito. Há pessoas de São Paulo que estão migrando para cá. Com isso, os imóveis ficam mais caros e as vendas mais difíceis", explica o delegado regional do Conselho dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo, Alvarino Lemes.
Com imobiliária em Mauá, o empresário João Batista Ferreira conta que o município, em especial, carece de lançamentos imobiliários. "Não estamos conseguindo suprir a demanda da cidade. As vendas caminham em passos largos, mas seriam melhores se as empresas tivessem mais construções por aqui."
MERCADO
A venda de imóveis novos na capital paulista avançou 2,6% em relação a abril, passando de 2.319 unidades comercializadas a 2.380. Cerca de 80% ocorreram na fase de lançamento.
Do total vendido, 45,6% referem-se ao segmento de dois dormitórios e 26,7% ao nicho de três quartos. É o que aponta a pesquisa do Sindicato da Habitação de São Paulo. Na contramão, a Região Metropolitana apresentou variação negativa de 5,1% em maio diante de abril (4.663 unidades).
ACUMULADO
De janeiro a maio, as vendas acumuladas na cidade de São Paulo foram de 8.964 unidades, com variação negativa de 34,3% sobre os 13.646 imóveis negociados nos cinco primeiros meses de 2010. A Região Metropolitana totalizou no período 19.252 unidades vendidas, com variação negativa de 32,9% sobre 28.674 unidades comercializadas entre janeiro e maio de 2010.
O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, ressalta que, apesar dos resultados de vendas acumulados no ano estarem aquém dos demonstrados em igual período de 2010, o mercado registra recuperação nos últimos dois meses.
Ele cita como exemplos a criação de 1,2 milhão de postos de trabalho formais de janeiro a maio, além do Produto Interno Bruto com crescimento de 1,3% no trimestre. "Não há grandes obstáculos à atividade econômica e o setor imobiliário deverá crescer nos próximos meses, no segundo semestre, quando tradicionalmente o mercado melhora o desempenho."
Para o delegado regional do Creci-SP, a alta da inflação e da taxa de juros - política adotada pelo governo para frear o consumo - também têm contribuído para que o ritmo de comercializações diminua. Medidas que têm afastado os novos compradores. "As parcelas mensais do financiamento imobiliário estão um pouco mais pesadas no bolso do consumidor, principalmente, aquele que não se enquadra no programa federal Minha Casa, Minha Vida  (para compra de imóveis de até R$ 170 mil)", explica.

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