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SÃO CAETANO TEM M² MAIS CARO DA REGIÃO

18.08.2011

O mercado de imóveis em São Caetano é conhecido pelos lançamentos que enchem os olhos dos moradores. O megacomplexo imobiliário que será erguido dentro dos 195 mil metros quadros do Espaço Cerâmica, por exemplo, reúne o sonho do alto padrão de consumo. Isso tem um custo, e não é barato: por lá está o metro quadrado mais caro do Grande ABC - R$ 6.671, realidade que destoa dos entornos, e está acima do que é cobrado em muitos bairros nobres da Capital, como o tradicional Brooklin ou a movimentada Vila Olímpia (veja a arte ao lado).
Mas a menina dos olhos da região é o bairro são-caetanense Santa Paula, que une infraestrutura e imóveis de luxo. Essa união dá ao local o segundo lugar no ranking dos imóveis mais caros. Por lá, o m² chega a custar R$ 5.738, segundo a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio. "Os tamanhos de unidades aumentam e os preços acompanham", diz o diretor da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia.
Mas não é apenas São Caetano que abriga imóveis caros na região. Para comprar um m² na Vila Caminho do Mar, em São Bernardo, é necessário desembolsar R$ 5.448. Valor 10,8% maior do que os R$ 4.914 cobrados em bairros badalados de São Paulo, como Alto da Lapa, Pinheiros, Chácara Flora e Vila Madalena.
A região só perde para bairros luxuosos da Capital quanto aos valores do m² para o Jardim Paulista, Vila Nova Conceição, Higienópolis e Itaim Bibi, que giram em R$ 8.492,93.
Miguel Colicchio, que atua no setor imobiliário na região, afirma que bairros como o Jardim, em Santo André, seguem na mesma direção, levando o consumidor a pagar conta mais alta na hora de comprar um imóvel. Ele explica que isso é reflexo do custo em ascensão dos terrenos. À lista de bairro andreenses com preços mais altos, ele cita o Vila Gilda.
Para especialistas consultados pela equipe do Diário, os valores do m² no Grande ABC só tendem a subir. Nos últimos dois anos foram lançadas 13.381 unidades, em 114 empreendimentos em toda a região, mas dificilmente os próximos anos terão tamanha oferta.
Isso porque, diz o delegado regional do Creci, Alvarino Lemes, faltam terrenos para a construção de unidades. Ele conta que em cidades com potencial de crescimento - Mauá, por exemplo - já se pede R$ 1.500 pelo m² de terreno. "Há áreas (na região) com custo médio de R$ 3.000 a R$ 4.000 (no terreno para construir imóvel), e as próprias construtoras já não estão mais conseguindo viabilizar projetos para tocar."
O resultado dessa falta de espaço é a elevação dos preços. Do ano passado para cá, o preço do m² de apartamentos com três dormitórios saiu de R$ 3.500 para R$ 4.370 neste ano, em média. Alta de 24,9%. Apenas nos últimos sete meses essa mesma unidade passou a custar 19,3% mais.

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