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NÚMERO DE LANÇAMENTOS IMOBILIÁRIOS DEVEM SER REDUZIDOS

07.12.2011

Apesar do mercado aquecido, empresários devem prorrogar os lançamentos Os empresários da construção civil podem ‘frear’ os lançamentos de apartamentos por conta da crise financeira mundial, de acordo o presidente da com Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci. Os números divulgados pela entidade na tarde desta quarta-feira (07/12) revelam crescimento no terceiro trimestre de 2011, de 10,20% em relação ao segundo trimestre deste ano no mercado de imóveis novos verticais ( apartamentos). “A crise no exterior não afetou o Brasil diretamente, mas as incertezas são muitas ainda. Apesar do setor estar muito aquecido, acredito que os resultados já deste quarto trimestre demonstrem o receio desta crise respingar no país. A expectativa é que os lançamentos verticais sejam próximos a quantidade do terceiro trimestre ou menor. A tendência diante de certa insegurança é os empresários segurarem um pouco os lançamentos, semelhante ao que ocorreu na crise em 2008”, afirmou Bigucci. Entre julho e setembro deste ano foram lançados 2.528 apartamentos em todas as cidades da Região. São Bernardo mais uma vez liderou a quantidade de lançamentos deste período com 939 unidades (37%), seguido de São Caetano com 583 unidades (23%), em terceiro ficou Mauá com 416 unidades, Santo André com 371 e Diadema com 219 unidades. O percentual de lançamentos de 2 dormitórios foi de 1.427 unidades ( 56%), de 3 dormitórios foi de 994 ( 39%), 4 dormitórios foi de 107 unidades ( 4%) e nenhum de 1 dormitório. O que totaliza o valor de R$ 856,4 milhões. Vendas - Já as vendas no terceiro trimestre de 2011 superaram todos os quatro últimos períodos iguais dos anos anteriores com 2.596 unidades vendidas. Em relação a 2010 foram 660 unidades neste período. São Bernardo corresponde há 69,38% das vendas neste trimestre, sendo as unidades de três dormitórios ( 51,77%) e dois dormitórios (15,87%). O motivo do município se destacar neste quesito é por conta do alto volume de estoque e novos lançamentos. “Este município já vem se destacando há alguns meses em quantidade de lançamentos e isso se da pelo fato de muitas áreas centrais que estavam ociosas e que ao longo dos anos foi tornando possível comprar e construir os empreendimentos. Outro fator é o alto número de apartamentos em alguns empreendimentos, como alguns tem mil unidades, e então até vender demora um pouquinho”. De acordo com Bigucci, os valores das unidades estão acima de R$ 200mil, sendo assim um dos principais déficits estão para construção de imóveis de até R$170 mil para ser financiados através do Programa do Governo Federal Minha Casa, Minha Vida. “Precisamos de algumas contrapartidas ou parcerias com o governo federal, estadual e municipal para investir em unidades que atendam ainda mais esta demanda. Hoje temos um déficit para atender esse público em torno 150 mil moradias, apesar de algumas negociações já estarem avançadas devemos demorar 15 anos para conseguir acabar totalmente com esse déficit”. Bigucci ainda afirmou que são diversos os motivos para os altos valores dos apartamentos. “50% do custo é para pagar mão de obra, que está um absurdo devido a falta de profissionais qualificados para atender a toda essa demanda, o terreno custa entre 15% á 25% e esta muito valorizado já há uns cinco anos por conta da falta de espaço que a região esta sofrendo, mais material de construção, o concreto por exemplo é quase o dobro do quanto custa nos Estados Unidos, e isso se dá pelo uma série de motivos, e a carga tributária e licenças que muitas vezes o processo é lento e demora para viabilizar a obra. Então tudo isso na ponta do lápis, encarece o custo total da obra, mas acredito que agora o mercado já se acomodou e não deve sofrer grandes aumentos.”

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