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EDIFÍCIO RESIDENCIAL TAMBÉM TERÁ SELO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

05.11.2010

A criação de uma cultura no Brasil que privilegie a eficiência energética nas residências é o objetivo que o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) pretende alcançar no médio e longo prazos, a partir de regras para etiquetagem dessas construções.


A informação foi dada ontem pelo coordenador do PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem), Marcos Borges. Até o dia 13, o Inmetro lançará em consulta pública os RAC ( Requisitos de Avaliação da Conformidade) em edificações residenciais. Esse tipo de construção responde por 22,1% de toda a energia consumida no País, segundo o Ministério de Minas e Energia.


Borges explicou que o programa de etiquetagem de prédios comerciais, públicos e de serviços foi criado há pouco mais de um ano e já envolve cerca de 30 edifícios, dos quais 14 apresentam projetos etiquetados. "Agora, nós queremos ampliar essa filosofia para o âmbito residencial".

O resultado almejado, acrescentou, é influenciar o mercado imobiliário. Um comprador, ao pesquisar as qualidades de um imóvel, poderá levar em consideração o consumo eficiente de energia.


Além de valorizar economicamente o imóvel, Borges acrescentou que o programa vai "colocar o Brasil no rol dos países que se preocupam com a eficiência energética nas edificações. Isso é importante porque metade da energia gasta no País é para manter as edificações públicas, comerciais, residenciais e de serviços iluminadas e refrigeradas".

 
A partir do selo de eficiência, o coordenador do PBE estimou que a economia de energia nos edifícios que adotarem produtos etiquetados pode variar entre 30% e 50%.


O selo vai beneficiar também o construtor, já que facilitará o acesso a financiamentos públicos e privados. Borges citou o Programa Procopa Turismo, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), voltado à construção de hotéis para a Copa do Mundo de 2014. O Procopa oferece melhores condições de crédito e prazo de pagamento para projetos classificados com a etiqueta de nível A, que corresponde ao menor consumo de energia.


Nos edifícios comerciais, Borges estimou que o custo da avaliação de eficiência energética de um projeto varia de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Para edificações residenciais, ainda não há um padrão definido.

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