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MAUÁ É A TERCEIRA NO ESTADO EM CASAS PRÓPRIAS QUITADAS

19.01.2012

A explosão do mercado imobiliário mostra o interesse de a população em ter lar próprio. E a maioria dos moradores da região já vive esse sonho, principalmente em Mauá, onde 64,45% das casas são próprias e quitadas. Entre as cidades com mais de 100 mil domicílios, Mauá garantia a terceira posição estadual em 2010, seguida de perto por São Bernardo, que apresentava percentual de 64,44%. Apenas Carapicuíba, com 65,4%, e São Vicente, com 65,2%, estão na frente. Mas na região, desconsiderando o total de residências, Ribeirão Pires – com 33.844 domicílios – é a primeira, com 67,46% deles quitados. Os resultados foram obtidos a partir do Censo 2010. Dadas as proporcionalidades para a comparação, a Capital, com 3.574.286 residências, tinha em 2010 62,08% delas pagas. O coordenador do curso de Economia da Fundação Santo André, Ricardo Balistiero, e o coordenador do Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano, Leandro Prearo, dizem que não há provas concretas para o resultado de Mauá. Mas opinam que as casas humildes no município é uma das explicações. “Isso demonstra a dificuldade da classe média em liquidar um financiamento em outras cidades e a facilidade das famílias de baixa renda em pagarem por moradias mais humildes”, argumenta Prearo. ESTADO - “No Estado, os dados apontam para tendência de que as cidades com menor renda média das famílias tenham maior índice de casas próprias quitadas”, analisa Balistiero. Enquanto os especialistas apontam motivos, os moradores de Mauá deixam de lado os estudos e avaliam que explicação é óbvia: boa parte das moradias são humildes e muitos estão na cidade, há anos, em terrenos que empossaram, ou pagaram muito barato, o que reduziu os custos. Mauá, que contava em 2010 com 125.348 residências próprias permanentes, tem 64,45% deste número quitado. Este é o caso da aposentada Maria Aparecida Santos Melo. Há 30 anos, seus pais resolveram tentar a sorte na Grande São Paulo. Deixaram para trás São José dos Campos para buscar oportunidades nas cercanias da Capital. O autônomo Ademar de Melo seguiu o mesmo caminho, há 35 anos, quando mudou de Dourados, cidade forte em agropecuária próxima a Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, para Mauá. “Na época vim para a casa de uma irmã. Fiquei alguns dias por lá e fui correr atrás da minha vida”, lembra. Melo passou por bons e maus bocados durante sua trajetória. Mas, em Mauá, sempre encontrou moradia por custos que cabiam em seu bolso. Há 17 anos, ele reside em uma das partes mais altas do Jardim Oratório, com sua esposa Maria Aparecida Urbano, conhecida como Cida, e um filho. “Nesse período aqui gastei cerca de R$ 80 mil com essa casa”, afirma o autônomo. Cida completa, em tom irônico, que apesar de quitada, a residência ainda não está completa.

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