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MERCADO DE IMÓVEIS SE REDUZ PELA METADE

23.08.2016

O mercado imobiliário do Grande ABC foi reduzido à metade no primeiro semestre deste ano. Tanto as vendas de imóveis novos quanto os lançamentos caíram mais que 50% e atingiram os piores resultados desde, pelo menos, 2013. Isso é o que aponta pesquisa da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administrativas do Grande ABC) divulgada ontem.

Foram comercializadas na região, de janeiro a junho, 1.440 unidades, 51,6% menos que no mesmo período em 2015, quando o balanço era de 2.978 apartamentos. Ou seja, o saldo foi menor em 1.538 imóveis.

Este foi o pior resultado de vendas nos últimos quatro anos. Nos primeiros seis meses de 2013, conforme o levantamento, o volume somava 3.957 unidades. De lá para cá, portanto, houve queda de 63,6%, sendo que ano a ano o montante comercializado foi diminuindo.

Isso se deve ao fato de a compra de imóvel, devido ao alto valor, ser adiável. Seja pelos altos índices de desemprego na região, ou pelo fato de que quem está trabalhando não possui a segurança de ingressar em financiamento de longo prazo em meio ao cenário de incertezas na economia.

Quanto aos lançamentos, a situação é semelhante. Diante da demora da recuperação da crise, as construtoras represam os empreendimentos em construção. Tanto que no primeiro semestre foram lançadas 1.157 unidades, 52,4% menos do que em igual período de 2015, com 2.430 apartamentos.

Este é o pior desempenho desde o acumulado dos primeiros seis meses de 2014, quando haviam sido lançados 2.568 imóveis – queda de 55%.

Mesmo com o recuo nos lançamentos, o estoque cresceu 3,2% de janeiro a junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, somando 1.909 unidades. Em São Bernardo é onde mais há imóveis prontos à venda, com 785 imóveis. Na sequência, estão Santo André, com 665 apartamentos e Diadema, com 260.

Apesar das estatísticas, o presidente da Acigabc, Marcus Santaguita, acredita que o mercado imobiliário deva reagir no segundo semestre, “mesmo que substancialmente isso só aconteça em 2017”. Ele aponta que, tradicionalmente, desde 2006, quando a pesquisa começou a ser feita, os resultados são melhores de julho a dezembro. “De algum modo, esta pode ser época boa para investir, já que há muitos imóveis à venda no mercado, e algumas construtoras podem oferecer desconto significativo, já que estão focadas em esvaziar o estoque.”

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