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PDG E CYRELA TÊM BOM DESEMPENHO NO SEGUNDO TRIMESTRE

12.07.2011

A PDG, maior incorporadora do Brasil, teve um bom desempenho no segundo trimestre deste ano, contrariando a tendência de desaceleração do mercado. Na sexta-feira, a Cyrela - terceira maior em valor de mercado - também divulgou resultados considerados positivos pelos analistas.

De abril a junho, a PDG vendeu R$ 1,824 bilhão, o que representa um crescimento de 17,2% em relação ao mesmo período de 2010 e alta de 7,1% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. No semestre, as vendas somaram R$ 3,52 bilhões, aumento de 21,2% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. "Não há sinal de piora. O mercado continua vendendo bem em todos os segmentos e geografias", disse Zeca Grabowsky, presidente da PDG, num claro tom otimista.

Na opinião do executivo, as vendas estão mais devagar para projetos que "testam novos limites de preços." Segundo ele, a companhia não reduziu preços para vender mais rápido, mas trabalha com valores que permitam um giro mais alto. A velocidade de vendas no trimestre foi de 29%, mesma do trimestre anterior. No ano passado, a média ficou em 30,5%. "Está acima do que prevíamos", disse. A média do ano deve ficar acima de 27%, prevê. Das vendas contratadas do trimestre, 59% foram estoque e 41% novos produtos.

Os lançamentos no segundo trimestre também aumentaram. A empresa lançou R$ 2,054 bilhões, um crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2010 e de 16,8% sobre os primeiros três meses deste ano. No semestre, a PDG lançou R$ 3,8 bilhões, um aumento de 33,5%. A empresa atingiu 40% da projeção de lançamentos para o ano de 2011, estimada entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões.

Do total lançado, 44% ficaram no segmento econômico e 38% entre R$ 250 mil e R$ 500 mil. A PDG reduziu substancialmente sua participação no programa Minha Casa, Minha Vida. No segundo trimestre do ano passado, havia sido de 68% e este ano ficou em 23% - no primeiro trimestre foi de 25%. Como consequência, o preço médio de venda saiu de R$ 124 mil para R$ 188 mil. "Não conseguimos mais viabilizar Minha Casa, Minha Vida em São Paulo. Temos terrenos que achávamos que conseguiríamos fazer dentro do programa, mas conseguimos lançar na faixa de R$ 200 mil, o que acabou sendo mais lucrativo para a empresa."

A Cyrela obteve vendas de R$ 1,274 bilhão no segundo trimestre, alta de 51% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 15% sobre o mesmo período do ano passado. A empresa, que no ano passado concentrou 70% dos lançamentos nos últimos três meses do ano, lançou de abril a junho R$ 1,309 milhão, alta de 44,3% na comparação com o primeiro trimestre deste ano e de 64,8% em relação ao segundo trimestre de 2010.

Já a Rodobens Negócios Imobiliários, que atua no segmento econômico, teve queda de lançamento e vendas no segundo trimestre. A companhia alcançou vendas contratadas de R$ 206 milhões de abril a junho, 13% abaixo do mesmo período de 2010. Os lançamentos somaram R$ 56 milhões, queda de 78% ante o segundo trimestre do ano passado. Todas as unidades lançadas se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida.

As ações das construtoras estão em queda este ano. O índice do setor (Imob) cai 19,21% no ano, para uma queda de 13,10% do Ibovespa. PDG cai 18,87%, Cyrela 34,54% e Rodobens, 19,37%.

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