ACIGABC

Notícias

CRÉDITO IMOBILIÁRIO CRESCE 20% EM 2012

11.10.2012

O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior, refutou a possibilidade de nova desaceleração no volume de financiamentos nos próximos dois a três anos. Segundo disse ontem, o setor passou neste ano por um "freio de arrumação", com menor volume de lançamentos e vendas por parte das incorporadoras, que enfrentaram atrasos de obras e estouros de orçamentos. Segundo ele, neste segundo semestre, a concessão de crédito tem mostrado uma retomada. "As empresas já passaram por uma arrumação da casa, resolveram a maioria dos problemas e estão com uma velocidade de vendas saudável", disse. A Abecip projetava aumento do crédito imobiliário de 30% neste ano, mas reduziu suas projeções para um patamar entre 15% e 20% após as dificuldades enfrentadas pelas incorporadoras. "Para os próximos anos, não devemos ter mais desaceleração, pois essas questões (vendas e lançamentos menores) já estão computadas", estimou. Lazari acrescentou que a poupança deverá ser a principal fonte do funding para o crédito imobiliário até meados de 2015. Depois disso, se houver necessidade, será intensificado o uso de outros instrumentos para alavancar recursos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as operações de securitização. "Esses instrumentos só não são maiores por causa do grande crescimento da poupança", disse. De acordo com as regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), 65% do total dos depósitos na caderneta de poupança deve ser destinado pelos bancos para o financiamento de moradias. Com o crescimento das concessões de crédito em velocidade superior ao da expansão da poupança, o mercado teme o esgotamento do funding e estuda outras fontes de recursos. Cyrela – A queda no volume de lançamentos e os impactos sobre a venda de unidades pode levar a incorporadora Cyrela Brazil Realty a revisar sua meta de vendas em 2012, segundo o vice-presidente financeiro da companhia, José Florêncio. "No momento, a meta de vendas ainda é factível, mas vamos esperar as próximas semanas para ter um cenário melhor", disse durante o evento promovido pela Abecip. Questionado, o executivo admitiu a possibilidade de um corte nas projeções. "Mas não será nenhuma revisão grande, (de corte) pela metade", completou. De acordo com Florêncio, a Cyrela não enfrenta problemas de demanda, mas sim para o lançamento de projetos. O executivo afirmou que há R$ 8 bilhões em volume geral de vendas (VGV) represados com empreendimentos que tiveram o lançamento postergado. Desse montante, metade do VGV se refere a projetos no município de São Paulo, onde empresários têm reclamado de dificuldades para obter as licenças.

últimas notícias