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IMÓVEIS RECEBEM US$ 290 BILHÕES DE INVESTIMENTO

17.11.2010

SÃO PAULO - Os investidores imobiliários globais voltaram à ativa em 2010. Com parte do fôlego recuperado, fundos de investimentos imobiliários, fundos de private equity, soberanos e fundos de pensão aumentaram de forma consistente sua atividade este ano - embora ainda longe dos níveis pré-crise.

Estudo da consultoria americana Jones Lang La Salle estima que os volumes globais de investimentos diretos em imóveis corporativos em 2010 fiquem entre US$ 280 e US$ 290 bilhões, um aumento de 35% a 40% sobre 2009. Em 2008, ano da crise financeira, o investimento total somou US$ 379 bilhões, dos quais 63% no primeiro semestre. Em 2007, esse número havia chegado a US$ 759 bilhões.

Este ano, a América Latina deve ter uma alta de cerca de 90% em comparação com 2009, atingindo cerca de US$ 90 bilhões. De acordo com o relatório, o Brasil é o destaque. "O Brasil continuará a solidificar sua posição de mercado emergente de investimento imobiliário preferido da região", afirma o estudo. Apesar da oferta limitada, as vendas mais que triplicaram ao longo dos três primeiros trimestres de 2010.

"Todavia, os investidores observarão as taxas de retorno muito atentamente porque o grande aumento do interesse dos investidores globais nesse mercado e sua limitada oferta disponível poderão incitar uma acentuada pressão de queda", diz o relatório.

Apenas no terceiro trimestre deste ano, o Brasil recebeu US$ 1,2 bilhão de investimentos diretos, alta de 268% sobre os US$ 300 milhões investidos entre julho a setembro de 2009. O Brasil só perdeu para Cingapura, país que - na mesma comparação - teve alta de 510%.

Nos Estados Unidos, onde essa fase, no ano passado, os efeitos da crise ainda eram muito fortes, o aumento foi de 51%. Outros emergentes, como Rússia e China, tiveram desempenho incomparável ao brasileiro, sendo, inclusive, negativo. Na Rússia, a queda foi de 25% e na China, de 45%.

Segundo a Jones Lang La Salle, de uma forma geral, faltam imóveis comerciais de alto padrão em todo o mundo e isso está freando o volume de investimentos. Como consequência, deve haver uma pressão maior sobre a taxa de retorno dos imóveis de alto padrão e uma negociação maior de imóveis de segunda linha. As cidades onde os preços dos aluguéis mais subiram foram Londres, Washington, Paris e Xangai.

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