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CRÉDITO DO MINHA CASA SERÁ 1.400% MAIOR

23.01.2012

O programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida deve liberar mais recursos aos moradores da região neste ano. Especialmente para quem tem menos renda. A Caixa Econômica Federal desenha que serão 5.300 unidades financiadas para quem possui renda familiar de até três salários-mínimos (o piso da Caixa é diferente do nacional, veja faixas na arte abaixo). O número supera em 1.405,6% a liberação total de crédito para essa faixa de renda em 2011, de 352 residências. Já para pessoas com salários de três a dez pisos (R$ 1.867 a R$ 6.220), a previsão é que o programa habitacional financie até 3.500 unidades, cerca de 77,5% a mais do que no ano passado, quando foram aprovadas 1.972 imóveis. As sete cidades contrataram, em 2011, R$ 237,6 milhões em crédito para a construção de casas populares entre os mais pobres (ou seja, até três mínimos). Número bem maior do que os R$ 18,3 milhões liberados para pessoas com renda mensal entre três e dez salários. Ainda não é possível prever quanto dinheiro será necessário para avalizar a construção das 8.800 residências na região, segundo a Caixa. De acordo com o gerente regional de construção civil da Caixa no Grande ABC, Rafael Arcanjo, o montante de unidades faz parte de 42 projetos habitacionais, sendo 25 deles destinados para quem tem renda de até três salários. Ele afirma ainda que as bolas da vez no Grande ABC entre os pedidos recebidos são Diadema e Mauá, seguidas por São Bernardo e Santo André. É válido lembrar que o crédito do Minha Casa não vale para imóveis usados. Os projetos serão finalizados ao longo do ano, sem picos de contratação para épocas específicas, garante Arcanjo, embora não haja média de liberações mensais. BAIXA OFERTA - Muitos dos empresários da construção civil na região reclamam que o teto permitido para financiamentos é baixo; passou de R$ 153 mil para R$ 170 mil no ano passado. O presidente da MZM Construtora, Francisco Diogo Magnani, diz que isso inviabiliza projetos na região, devido ao alto valor dos terrenos. "As unidades da MZM custam a partir de R$ 200 mil", exemplifica. A valorização também é reflexo da diminuição do espaço permitido para erguer imóveis em algumas cidades da região, segundo o presidente da Viana Negócios Imobiliários, Aparecido Viana. "Tem sido difícil fechar as contas. Não há terrenos de valor mais baixo em São Caetano e em São Bernardo que encaixem no projeto", destaca. Já para as famílias, o agravante para se ter acesso ao programa é o fato de os mínimos terem sido reajustados (o piso nacional em 14% e o estadual em 15%, para 690). Com isso, o ritmo de aumentos mensurados pela Caixa para a liberação de dinheiro cresceu mais timidamente. Consideram três salários para renda familiar de R$ 1.600, aumento de 4,5% frente aos R$ 1.530 praticados até recentemente.

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