ACIGABC

Notícias

VENDAS DE IMÓVEIS USADOS CAEM 21,6% NA REGIÃO

20.09.2012

As vendas de imóveis usados caíram 21,6% no Grande ABC em julho, na comparação com o mês anterior. A queda na região foi tão intensa que, somada ao mau resultado da Capital, com recuo de 32,08%, puxou o índice negativo na média do Estado de São Paulo, em que as comercializações diminuíram 5,63%. Isso é o que aponta pesquisa realizada com 1.432 imobiliárias de 37 cidades pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). Dentre os fatores que contribuíram para o cenário de redução nas vendas estão o alto preço dos apartamentos usados, a grande oferta de unidades novas, a desaceleração econômica e o fato de julho ser mês de férias escolares. Para o delegado regional do Creci-SP, Alvarino Lemes, muitos profissionais da indústria automotiva do Grande ABC estão perdendo seus empregos e, boa parte da parcela que está empregada, está temerosa. "Com as incertezas da economia e a instabilidade nos postos de trabalho, muita gente está adiando a aquisição de imóveis na região", aponta. Na avaliação de Roberto Casari, gerente de vendas da Casari Imóveis, de São Bernardo, hoje os clientes do Grande ABC têm mais opções e, com isso, estão mais criteriosos. "Existem muitos lançamentos e, como os usados acompanharam a valorização do metro quardrado dos imóveis novos, os preços ficaram equiparados." De fato, o valor dos usados nas sete cidades disparou 45% neste ano, seguindo a tendência dos lançamentos. Segundo Sheylla Ávila, corretora da Donizete Imóveis, de Santo André, em julho o mercado estava descompensado, pois muitos valores estipulados pelos proprietários eram incompatíveis com as unidades. "Ao colocar à venda seu apartamento para comprar um novo, por exemplo, o proprietário se deparava com valor muito elevado e, consequentemente, subia o custo do seu para não ter que pagar muito na diferença." Hoje, a corretora afirma que os clientes estão mais conscientes e os preços se acomodaram - senão, os usados continuariam encalhados, já que potenciais compradores preferiram esperar até o preço baixar, ou investir em um novo e mais moderno apartamento. Casari ressalta também que, em julho, quem tem maior poder aquisitivo vai optar investir em lazer com seus filhos, em vez de procurar apartamento para comprar. "Tradicionalmente em julho o movimento é mais fraco. Mas, em contrapartida, o segundo semestre é sempre melhor do que o primeiro." A situação favoreceu as locações, que cresceram 26,7% no Grande ABC - no Estado, a queda foi de 3,24%. "Enquanto espera os preços melhorarem, alguns clientes preferem alugar", diz Sheylla. Para Casari, os investimentos das cidades em faculdades, a exemplo da inauguração do campus da Universidade Federal do ABC em São Bernardo, contribuíram ao movimento dos aluguéis.

últimas notícias