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REGIÃO CONTRATA 4.409 EM FEVEREIRO

16.03.2011

O Grande ABC gerou, em fevereiro, saldo de 4.409 vagas - foram realizadas 33.966 admissões contra 29.557 demissões. O montante é o dobro do registrado em janeiro (2.232), período em que as pessoas não costumam procurar emprego, e 30,5% maior do que o número obtido no mesmo mês em 2010, quando o saldo foi de 3.063 postos.

Porém, se a comparação for feita com fevereiro de 2008, quando a economia estava a pleno vapor e ainda não havia sinal de crise financeira, o volume é equivalente; à época, o saldo de emprego era de 4.164 oportunidades.

Metade das vagas de fevereiro (2.445) foi gerada pelo setor de serviços. A indústria figura como o segundo segmento que mais empregou, com 852 postos de trabalho. Comércio abriu 535 oportunidades e, construção civil, 183.

Os dados são fornecidos pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), e consideram apenas as contratações com registro em carteira.

"O nível de emprego se mantém firme no Grande ABC. Em fevereiro, tivemos a manutenção do ritmo da abertura de vagas", analisa Dalmir Ribeiro, diretor do departamento de indicadores sociais e econômicos da Prefeitura de Santo André. "A diferença com o ano passado também se dá porque o Carnaval havia sido comemorado no mês, o que reduz o número de dias úteis. Além disso, houve em Ribeirão Pires demissão em massa que gerou perda de 1.593 vagas."

O setor de serviços na região mostrou forte desempenho principalmente por conta do dinamismo da indústria, aponta Ribeiro. Foram geradas mais vagas em segurança, limpeza, logística e transportes. "No mês passado, a Firestone (fabricante de pneus de Santo André) terceirizou o serviço de empilhadeiras. Esse é um bom exemplo da expansão do segmento." Houve alta também na contratação das áreas de serviços pessoais, como Educação e Saúde - reflexo do aumento do poder de compra das pessoas.

MUNICÍPIO - Dentre as cidades que mais empregaram, encontram-se Santo André (1.667), São Caetano (1.039) e São Bernardo (1.036). Santo André liderou a abertura de postos na indústria (319) e em serviços (898).

"Isso mostra a sinergia do município com as outras cidades da região, já que produziu bastante itens que complementam a indústria automotiva instalada em São Bernardo e São Caetano. Em março, deve haver reflexo positivo nas contratações dessas cidades, que detém montadoras."

Quanto à perspectiva para os próximos meses, o diretor ressalta que, embora os resultados sejam bons, não se pode "baixar a guarda por conta das condições externas, já que muitos países não se recuperaram totalmente da crise e as condições do câmbio estão desfavoráveis ao nosso produto".

Geração de emprego no País é recorde para o mês

Em fevereiro, o País registrou saldo de 280.799 empregos com carteira assinada no Brasil, número recorde para o período. O resultado é 34,08% superior ao melhor desempenho registrado na série histórica do Caged, ocorrido em fevereiro de 2010, quando foram gerados 209.425 postos.

"O mercado de trabalho brasileiro está forte e vigoroso, e em fevereiro foi impulsionado pelo Carnaval, sem que se tenha perdido dias úteis, já que o feriado caiu em março. O setor de serviços foi o grande destaque, puxado pelo turismo e hotelaria. Basta ver que no Rio de Janeiro o índice de ocupação da rede hoteleira bateu recorde, com 97% de ocupação", diz o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

Serviços registraram saldo recorde para todos os meses da série histórica, com a geração de 134.342 empregos celetistas. A indústria, com 60.098 postos, e a construção civil, (30.701), registraram seus segundos melhores resultados para o mês.

Para o Grande ABC, fevereiro não foi o melhor da história por conta da composição de sua economia. No País, comércio e serviços representam 66% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto que a indústria, 29%.

Na região, o peso da indústria sobe para 34%. Os serviços respondem por 46% e, o comércio, por 20%. "Se somássemos serviços e comércio, daria os mesmos 66% do País. Porém, o que faz a diferença é a concentração da indústria no Grande ABC e a sua contribuição para o PIB regional. Da mesma maneira, quando o destaque é da indústria, a região tem desempenho de destaque diante do País", explica Dalmir Ribeiro. (com Redação

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