ACIGABC

Notícias

PREFEITOS AINDA TÊM TRABALHO NA SEGURANÇA

21.02.2011

À exceção de Diadema, as cidades do Grande ABC apresentaram queda na taxa de homicídios em 2010, em relação a 2009. Os dados, no entanto, não estão totalmente atrelado às propostas de campanha feitas em 2008 e as ações efetivadas pelos prefeitos eleitos até agora. Isso porque ainda faltam ser concretizados muitos projetos, apesar dos avanços no setor de monitoramento por câmeras.

Apesar da alta na taxa de homicídios (42% de aumento de 2009 para 2010), o prefeito de Diadema , Mário Reali (PT), tem cumprido a risca o programa de governo apresentado em 2008. Ele manteve o fechamento dos bares às 23h, iniciativa responsável, na gestão passada, pela redução de criminalidade na cidade. "Vamos manter essa política até reduzirmos para um digito a taxa de homicídios por habitantes", disse o secretário de Defesa Social, Arquimedes Andrade.

Outro ponto prometido foi a ampliação de câmeras de vigilância. O número cresceu de 84 para 100. "Ainda vamos acrescentar mais 44." A criação do GGI (Gabinete de Gestão Integrada) rendeu frutos de operações em conjunto com a Polícia Militar.

Em Mauá, o índice de homicídios caiu 52,01% de 2009 para 2010. Mas os principais pontos traçados para a Segurança pelo prefeito Oswaldo Dias (PT) no plano de governo ainda não saíram do papel. As propostas de destqque são as instalações de um posto do IML (Instituto Médico Legal) e de uma unidade de delegacia de polícia seccional, que traria o Instituto de Criminalística, o Garra e as divisões anti-sequestro e anti-drogas para a cidade.

As tratativas para conquistar os pleitos junto ao governo do Estado, entretanto, tem sido tocadas prioritariamente pela deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), que recebeu garantias do Palácio dos Bandeirantes de que os equipamentos serão viabilizados neste ano.

Para concretizar a criação do Gabinete de Gestão Integrada Municipal de Segurança Pública, Oswaldo reuniu-se com representantes do Ministério da Justiça na semana passada para coletar informações. O petista promete enviar projeto para criar o Gabinete à Câmara no mês que vem.

O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV). também prometeu investir em câmeras de segurança, mas, até agora, o projeto não avançou. O secretário de Segurança, José Adão Alves, afirmou que o que existe até o momento é um estudo. A promessa é instalar os equipamentos até 2012. Por outro lado, a Guarda Civil Municipal ganhou 46 integrantes e outros 17 devem ser contratados.

O prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB), não possui plano de governo, mas na campanha prometeu criar a Guarda Civil Municipal. Até o momento, nada foi feito nessa questão.

 

São Bernardo atua na prevenção, com ações no Alvarenga

 

Beto Silva

São Bernardo iniciou o monitoramento por câmeras em maio do ano passado, em dez escolas. A segunda fase do projeto prevê instalação de 400 equipamentos em toda a cidade - a licitação será lançada mês que vem. Além disso, a Prefeitura concentrou ações de Segurança em programas preventivos, principalmente na região do Grande Alvarenga. A administração visa expandi-las para outros bairros.

Já foram colocados em práticas projetos em parceria com o governo federal, como o Território da Paz, que engloba 12 atividades. Entre elas, o Mulheres da Paz (300 integrantes trabalham como agentes comunitários para evitar conflitos locais) e oficinas para 150 jovens.

O Gabinete de Gestão Integrado Municipal prometido na campanha está em funcionamento, segundo o secretário de Segurança, Benedito Mariano. "Fizemos reuniões com secretários e comandantes da Polícia Militar, que resultaram em dez operações. É um órgão efetivo de assessoramento ao prefeito Luiz Marinho (PT)", explica o titular da Pasta criada em janeiro de 2010.

Algumas ações ainda serão implantadas. Faltam entregar três das cinco inspetorias da Guarda Civil Municipal (projeto de descentralização da corporação). O aumento do efetivo da GCM ocorrerá ainda neste ano. "Recebemos com 530 integrantes. Estamos com 610 e chegaremos a 1.000 até dezembro", garante Mariano.

 

Rondas com motos são destaque de Aidan Ravin

 

Havolene Valinhos

Em 2008, durante a campanha, Aidan Ravin (PTB) prometeu equipar a Guarda Civil Municipal com 224 novas motos para que rondas fossem feitas nos 112 bairros da cidade. O petebista também previu investimento em treinamento e equipamento para a guarda, além de ampliação do efetivo.

A chamada Romo (Rondas Operacionais com Motocicletas) foi implantada em 2009. O programa efetua rondas preventivas. Mas o número de motos não foi divulgado. A Pasta de Segurança pretende contratar mais 100 profissionais.

Outros programas foram implantados como o Base (Bairro Seguro), que prioriza rondas em praças públicas. O Romu (Ronda Operacional Municipal), com veículos de grande porte que apoiam demais equipes em operação, está em funcionamento. Foram investidos R$1,9 milhão na modernização da GCM.

 

Auricchio aposta na gestão integrada e central de inteligência

 

Fábio Martins

Para amenizar os indicadores de roubos e furtos de veículos em São Caetano, o prefeito José Auricchio Júnior (PTB) criou, nesta segunda gestão, a Secretaria de Segurança Pública para poder gerenciar as forças de ação preventiva.

Entre as propostas de governo proferidas em 2008, o petebista está prestes a colocar em operação 60 câmeras de monitoramento, que devem entrar em funcionamento dentro de 40 dias. Caberá ainda outras 15 para cumprir o plano.

A administração prevê construir mais duas bases de segurança. Segundo a Prefeitura, nos próximos dias será implantado o Gabinete de Gestão Integrada que vai contar com a parceria das Polícias Militar e Civil. Na sequência, irá programar a central de inteligência, que funcionará no mesmo local do SAME/199, na Avenida Goiás, principal via da cidade.

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO SEGUE AQUECIDO

23.09.2010

 

As vendas de material de construção no mercado interno devem crescer entre 10% e 12% em 2011, caso a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) seja mantida, segundo estimativas da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção). Para 2010, as projeções apontam elevação próxima de 15%. "Devemos até superar um pouco esse patamar", afirma Melvyn Fox, presidente da entidade.

Caso a cobrança do IPI retorne, Fox estima expansão entre 8% e 10% para as vendas no próximo ano. A desoneração permanece em vigor até o dia 31 de dezembro, mas o setor pleitea a manutenção do benefício definitivamente, além da desoneração do PIS e Cofins da atividade da construção para obras habitacionais destinadas para famílias com renda de até 10 salários-mínimos. Recentemente, a Abramat defendeu a manutenção da isenção pelo menos até 2014.

"Vamos enviar cartas para o presidente, ministros da Fazenda, das Cidades, da Indústria e Comércio Exterior, Planejamento, Casa Civil, Banco Central, BNDES, além dos candidatos à Presidência explicando os efeitos dessa isenção sobre o setor e sobre a economia."

Pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) sobre os efeitos da desoneração, a pedido da Abramat, aponta que entre 2008 e 2009 o valor adicionado da cadeia da construção (o PIB do setor) cresceu 4,5%. Na mesma base de comparação, a receita tributária aumentou 2,5% enquanto a carga tributária recuou de 20,9% para 20,5% do valor adicionado da cadeia da construção.

DESONERAÇÃO
Conforme o levantamento, os investimentos na cadeia produtiva da construção civil - que tem participação de 9,2% na formação do PIB brasileiro - somaram R$ 244 bilhões em 2009. Em 2005, os aportes para o setor somavam R$ 168 bilhões, expansão de 10,3% ao ano. Os parâmetros da pesquisa foram levantados a partir de estatísticas atualizadas de associações setoriais, do Ministério do Trabalho e Emprego e do IBGE.

O estudo mostra que a desoneração definitiva do IPI, PIS e Cofins na cadeia da construção resultaria em aumento de R$ 3,7 bilhões sobre a renda disponível das famílias e empresas (a preços de 2009). Os cálculos apontam ainda para elevação de 1,3% no PIB do País em 36 meses, o equivalente a R$ 38,1 bilhões a mais, e expansão da mesma dimensão no nível de emprego.

A desoneração teria impacto ainda sobre o consumo das famílias, que registraria acréscimo de 1,6% no mesmo período. Já o consumo de materiais cresceria 2,8%, o correspondente a avanço de R$ 2,7 bilhões à demanda por materiais de construção. "O resultado líquido após 36 meses seria um crescimento de 1,1% da arrecadação, o que representa um acréscimo de receitas de R$ 331 milhões por mês", conclui o estudo.

 

últimas notícias