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RENDA DO BRASILEIRO TEM CRESCIMENTO DE 9,7%

24.09.2012

O salário médio pago ao trabalhador brasileiro cresceu 9,7% de 2009 para 2011, passando de R$ 1.130 para R$ 1.240. De 2004 para cá, o valor foi incrementado em 35%. Isso é o que aponta a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para compor o estudo foram visitados 146 mil domicílios e entrevistadas 359 mil pessoas. Na distribuição por sexo, o rendimento dos homens passou de R$ 1.314 a R$ 1.417, alta de 7,8% e, o das mulheres, de R$ 882 para R$ 997, expansão de 13%. Esse crescimento maior fez com que a diferença entre os salários, que ainda é expressiva, diminuísse. No ano passado, o montante pago às mulheres correspondeu a 70,4% do oferecido aos homens. Em 2009, era 67,1%. No Grande ABC, segundo pesquisa socioeconômica da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), o salário médio das mulheres em 2011, de R$ 1.247, equivaleu a 52% do valor pago aos homens, de R$ 2.384. Essa diferença é maior na região, de acordo com o coordenador do Inpes (Instituto de Pesquisas) da USCS, Leandro Prearo, porque a maioria dos homens trabalha na indústria. "Por conta da forte presença do setor no Grande ABC, a maioria dos postos exige qualificação, a remuneração, portanto, é melhor, e é onde o homem está mais inserido", explica. "As mulheres, por outro lado, estão mais envolvidas com o emprego informal, atuando como cabeleireiras, doceiras, costureiras e empregadas domésticas." Os informais ganham, em média, 40% menos do que os que têm registro em carteira, aponta a pesquisa socioeconômica. Prearo destaca que a comparação entre os salários dos dois sexos seria mais justa se fossem analisados os ganhos de profissionais com a mesma ocupação. "Não dá para afirmar que a mulher está ganhando menos do que o homem. Ela está alocada em postos com menor qualificação." Os rendimentos pagos no Grande ABC se assemelham à média de remuneração da Região Metropolitana. Nas sete cidades, paga-se em torno de R$ 1.880, na Grande São Paulo, R$ 1.865. Os valores são mais altos em comparação à média brasileira por conta dos perfis dos cargos, e da exigência para a ocupação dos postos, que é maior. Essas médias de rendimentos consideram apenas salários, excluindo outras fontes de renda, como pensão. MERCADO - O total de desempregados em todo o País diminuiu de 8,2% para 6,7% em 2011 - a menor taxa desde 2004. No ano passado, ainda assim, aproximadamente 6,6 milhões de pessoas estavam sem ocupação, mas à procura de oportunidade no mercado de trabalho. Essa redução foi provocada pelo aumento de 1 milhão de pessoas no contingente de ocupados, totalizando 92,5 milhões de trabalhadores. Para a Pnad, apesar da queda expressiva na taxa, alguns grupos ainda têm maior dificuldade de inserção. Dos desocupados, 59% eram mulheres; 35,1% nunca tinham trabalhado; 33,9% eram jovens entre 18 e 24 anos de idade; 57,6% eram pretos ou pardos e 53,6% não tinham completado o Ensino Médio. RAIO X - Os dados da Pnad mostram que a população residente no País no ano passado era de 195,2 milhões de pessoas - 3,5 milhões a mais do que em 2009 -, sendo 51,5% mulheres e 48,8% homens. Desses, 47,8% eram brancos, 8,2% pretos, 43,1% pardos e 1% amarelos ou indígenas. A maioria da população (47,8%) tinha entre 25 e 59 anos. A segunda maior concentração de pessoas (23,3%) tinha até 14 anos. Na sequência, aparecem os que têm entre 15 e 24 anos (16,9%) e, por último, os que possuem 60 ou mais (12,1%).

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