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REMEDIAÇÃO DO LIXÃO NO ALVARENGA FICA PRONTA EM 2014

19.03.2013

São Bernardo estuda solo no local para identificar gás comprimido e evitar explosões no lixão

Apesar da vegetação, o cheiro forte de lixo e de gás metano não consegue esconder a degradação ambiental da área do antigo lixão do Alvarenga, às margens da represa Billings, em São Bernardo. Após anos de espera, a recuperação da área já tem data para ser finalizada: 2014. Essa é a expectativa da Prefeitura para concluir a remediação do terreno e devolver, de certa forma, o espaço para a natureza. 

A partir desta terça-feira (19/03), o leitor do ABCD MAIOR acompanha uma série de reportagens sobre o futuro do lixo em São Bernardo. O assunto será, inclusive, debatido no dia 3 de abril, às 19h, na Universidade Metodista. A remediação, orçada em R$ 80 milhões e realizada pelo Consórcio SBC Valorização de Resíduos Revita e Lara, está neste momento na fase de estudos das mais de mil perfurações do solo. A descontaminação é o primeiro passo para a construção da usina de lixo que transformará resíduos sólidos em energia elétrica, obra inédita no Estado. 

Nesta etapa de estudos, o objetivo é descobrir quais substâncias há no subsolo e onde estão os bolsões de ar ou gás comprimido, formados após a decomposição dos resíduos. “Precisamos descobrir se há e onde estão os bolsões de ar para quando mexermos não causarmos explosões”, explicou o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli. 

 

Vegetação - Para realizar a intervenção, São Bernardo precisou desmatar cerca de 3,2 mil metros do terreno. A autorização, para o corte da vegetação que cresceu por cima do lixo, foi concedida pela Secretaria Municipal de Gestão Ambiental. Esta não é a primeira vez que São Bernardo faz as perfurações. Anteriormente, o trabalho foi realizado em abril de 2010, mas em menores proporções. Na época, foram realizados cerca de 200 furos.


Estudo vai definir destino do gás metano 

Também será a partir dos estudos que São Bernardo e o Consórcio Revita/Lara poderão decidir o que será feito com o gás metano, produzido no processo de decomposição do lixo. De acordo com o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, na última pesquisa, o lixão Alvarenga produzia gás suficiente para gerar energia elétrica para o setor industrial por 10 anos.  “Vamos colocar bombas de sucção para retirar o gás lá de baixo, mas ainda não sabemos se após isso vamos queimá-lo ou apenas filtrá-lo”, revelou o secretário.

 

Além da captação do gás metano, São Bernardo coletará e tratará o chorume, líquido poluente resultante da decomposição do lixo. Atualmente, esse material escorre para os lençóis freáticos e de lá segue para a represa Billings. Outra etapa do projeto prevê o envelopamento do lixo existente no terreno. Em cima do lixo encapsulado está prevista a construção de um parque e da usina de lixo.

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