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INVESTIR EM IMÓVEL RENDEU 738%

17.02.2011

O volume de investimentos em imóveis comerciais de alto padrão no Brasil atingiu R$ 4,6 bilhões neste ano até o terceiro trimestre, segundo a Jones Lang LaSalle.

O valor já é 77% superior ao total investido no ano passado inteiro, segundo André Rosa, diretor da consultoria no Brasil. Neste ano, o valor dos aluguéis dos escritórios em São Paulo deve apresentar alta entre 5% e 10%, segundo a consultoria.

A valorização dos preços dos imóveis será maior, entre 10% e 20%, o mesmo percentual de cidades como Nova York, Paris e Londres. "O mercado brasileiro de escritórios de alto padrão ainda é pequeno na comparação com o de outros países. Cresce, porém, o interesse dos investidores."

No mundo, o volume de investimento direto em imóveis comerciais deve crescer de 25% a 35% em 2011, segundo a consultoria. Os investimentos globais devem atingir US$ 370 bilhões, acima da projeção para este ano, de cerca de US$ 280 bilhões.

INVESTIR EM IMÓVEL RENDEU 738%

 

A divulgação do índice do mercado imobiliário será feita a cada três meses. O próximo resultado sai em abril

São Paulo. Os imóveis comerciais brasileiros deram rentabilidade média de 738% a seus investidores de 2000 a 2010, mostra o novo índice calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Esse número inclui a valorização dos imóveis e também ganhos com renda, como aluguéis.

A rentabilidade média anual foi de 22,1% nos últimos 11 anos. A maior variação foi registrada no ano passado: 33,5%. O objetivo do IGMI-C (Índice Geral do Mercado Imobiliário Comercial), lançado ontem na BM&FBovespa, em São Paulo, é dar maior transparência à formação dos preços de venda e locação de escritórios, shoppings, hotéis e áreas comerciais e industriais. Com isso, espera-se um estímulo ao aumento dos negócios no setor.

Evolução do mercado

O índice também servirá para o governo acompanhar a evolução do mercado, mas não permitirá, por enquanto, avaliar se existe uma valorização excessiva dos imóveis no País.

"Não é possível saber, com base no IGMI-C, se existe uma bolha imobiliária. O índice só permitirá isso depois que ocorrer a primeira bolha. Então, será possível comparar uma possível nova bolha com os fundamentos econômicos passado para verificar se o quadro está se repetindo", afirmou o pesquisador da FGV Paulo Picchetti.

A divulgação do índice será feita a cada três meses, e o resultado do primeiro trimestre de 2011 sai em abril. Em dezembro de 2010, o índice refletia informações de 190 imóveis comercias, espalhados por 17 Estados – a maioria localizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Bahia. Segundo Picchetti, esse número já é suficiente para calcular um índice nacional, principalmente considerando o valor dos imóveis da mostra (que não pode ser revelado).

A intenção da fundação é aumentar a base de dados e criar sub-índices por Estados e tipos de imóveis. Por enquanto, há apenas taxas separadas para São Paulo (rentabilidade de cerca de 500% nos últimos 11 anos), Rio de Janeiro (cerca de 800%), escritórios (cerca de 400%) e shoppings centers (cerca de 1.650%).

O presidente da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada), José de Souza Mendonça, disse que o índice será importante para aumentar a liquidez (maior facilidade de vender devido ao maior número de negócios) dos imóveis.

FGV LANÇA ÍNDICE PARA CALCULAR RENTABILIDADE DE IMÓVEIS

Rio de Janeiro – A Fundação Getulio Vargas (FGV) lança nesta sexta-feira, em cerimônia na BM&F Bovespa, o Índice Geral do Mercado Imobiliário – Comercial (IGMI-C). O indicador vai calcular a variação da rentabilidade dos imóveis comerciais, levando em consideração a oscilação dos preços. Está em estudo, no entanto, um índice que acompanhe também o segmento de imóveis residenciais, embora não haja previsão para seu lançamento.

O índice trimestral, que será lançado já com uma série histórica iniciada em 2000, vai retratar o desempenho de mercado de imóveis como escritórios, estabelecimentos comerciais, hotéis, shoppings e indústria e logística. Os dados sobre esses imóveis são obtidos junto a investidores institucionais, entidades de classes, consultores e gestores de carteiras imobiliárias.

O levantamento está concentrado em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador, mas há informações de todos os estados do país.

“Este é um índice de rentabilidade. Por enquanto, reflete só o mercado imobiliário comercial, mas já estamos trabalhando para construir um índice residencial”, afirma o pesquisador doInstituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, e consultor técnico do índice, Paulo Picchetti.

Segundo ele, o índice é importante não apenas para que o investidor possa avaliar o mercado imobiliário, mas também como um instrumento para auxiliar a política econômica.

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