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VENDAS DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CRESCEM 6%

05.10.2011

O setor de materiais de construção apresentou crescimento significativo nas vendas entre janeiro e setembro deste ano. No período, a alta foi de 6%, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção.
No mês passado, o desempenho foi 2,5% superior ao mesmo período de 2010. Já na comparação com agosto, o incremento foi de 1,5%.
No entanto, lojistas da região admitem que as vendas não estão tão fortes quanto em 2010. Mesmo com a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados sobre materiais de construção (até 31 de dezembro de 2012), as pequenas lojas não conseguem concorrer em igualdade com as grandes redes. "Elas (as redes) oferecem melhores preços e formas de pagamento, uma vez que compram em grandes quantidades. Acabam tendo melhor poder de barganha e repassam isso ao consumidor final", conta o vendedor André Moreira de um depósito em São Bernardo.
Segundo ele, a disputa entre comerciantes do bairro também atrapalha as vendas. "Para abrir qualquer negócio é preciso analisar muito bem os demais pontos de venda", enfatiza.
Outra loja do segmento localizada no Centro de Diadema passa pela mesma situação. A balconista conta que os consumidores estão pesquisando mais preços e prazos de pagamento, e estão mais cautelosos antes de contrair dívidas.
A saída que a loja instalada no Centro de Santo André encontrou para melhorar a receita foi atrair clientes diferenciados, como pequenos construtores. "Com o mercado imobiliário aquecido, estamos vendendo muitos itens básicos, como cimento, tijolos e areia", conta o vendedor do local, Tadeu Lopes.
 
DESTAQUE - Das dez categorias analisadas no estudo, cimento, cerâmica, tubos de PVC e interruptores, plugues e tomadas, não apresentaram crescimento, ficando estáveis.
O destaque em setembro ficou com telhas e caixas de fibrocimento, que apresentaram incremento de 6%. Argamassas com 3,6%, metais com 3,3%, tintas com 3,1%, cal com 2,4% e aço com 1% completam a lista dos produtos com expansão nas vendas em setembro em relação a agosto.
Apesar dos percentuais positivos, o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, avalia que o resultado ficou aquém do esperado. "A abrupta variação do dólar, a entrada em vigor do aumento do imposto de importação para o porcelanato importado (de 12% para 35%), e o receio das consequências da atual crise econômica europeia são alguns dos fatores apontados. pois quando se fala em crise, as pessoas tendem a adiar investimentos em reforma, por ser algo que precisa de planejamento", explica.
Com relação às expectativas de venda para outubro, os lojistas que participaram da pesquisa mostraram-se otimistas. "A previsão geral para outubro é muito otimista para 67% dos comerciantes", enfatiza Conz.
Em 2010, o varejo de material de construção teve desempenho 10,6% superior a 2009, atingindo faturamento recorde de R$ 49,80 bilhões.

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