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ARREDORES DA CAPITAL SÃO OPÇÃO ATÉ PARA PAULISTANOS

29.04.2015

Confira reportagem sobre os arredores da capital, em que fala-se sobre as possibilidades mais interessantes aos olhos dos paulistanos.









Arredores da capital são opção até para paulistanos

Larissa Féria
Preços menores em relação a São Paulo atraem quem busca o primeiro imóvel ou um maior para melhor acomodar a família.
 
Com preços entre 20% e 25% abaixo do que os praticados na capital, algumas cidades no entorno de São Paulo sentem menos os efeitos do momento econômico e têm atraído compradores, até paulistanos, interessados em comprar a casa própria. Pesquisa feita pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) mostra que as vendas sobre o total de ofertas (VSO) das 38 cidades da região metropolitana foram maior do que as da capital.
 
Nos últimos 12meses até fevereiro, datada última pesquisa da entidade, o VSO desses municípios foi de 53,8%, contra 41,6% da capital. Apesar desse resultado, a Região Metropolitana de São Paulo segue a tendência de queda nas vendas de imóveis verificada desde o ano passado. Com 486 unidades vendidas em fevereiro, essas cidades registraram retração de 17,9% em relação a janeiro (592 unidades) e de 46,3%emrelaçãoaomesmomês de 2014 (905 unidades). "O efeitos a zonal do início do ano continuou a afetar o desempenho do mercado imobiliário. O menor número de dias do mês de fevereiro, o carnaval e as expectativas negativas com relação à macroeconomia derrubaram os níveis de confiança de consumidores e empresários. O reflexo é perceptível no desempenho das vendas e dos lançamentos", avalia Celso Petrucci, economista chefe do Secovi-SP.
 
Assim como na capital, as unidades que mais venderam nessas cidades foram as de dois dormitórios, com 229 unidades (47% do total), seguidas daquelas com três dormitórios (181 unidades e 37% do total), de um dormitório (46 unidades e 10% do total) e de quatro ou mais dormitórios (30 unidades e 6% do total). "Cidades no limite da capital, como as do ABC e Guarulhos, têm recebido moradores de São Paulo, principalmente por causa do tíquete médio menor", afirma Cláudio Bernardes, presidente do Secovi. Enquanto o valor médio de um imóvel na capital é de R$ 450 mil, no entorno de São Paulo gira em torno de R$ 350 mil.
 
"Em algumas regiões, preços atrativos levaram mais visitantes aos estandes de vendas. As pessoas querem aproveitar este momento, que está favorável ao comprador", afirma o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos, Emilio Kallas.
 
Essa diferença atrai dois públicos distintos: quem vai comprar o primeiro imóvel, e busca bom preço, e famílias que desejam se mudar para um espaço maior. Ou seja, com o mesmo valor é possível comprar um apartamento maior, às vezes, a poucos quilômetros de onde se morava. "Com os preços da capital mais altos, muitos moradores estão se afastando e mudando para cidades limites. Por exemplo, quem mora na zona norte, não se importa em migrar para Guarulhos. O morador da zona sul se vê próximo às cidades do ABC", afirma Ricardo Laham, diretor de Negócios da Brookfield Incorporações em São Paulo.
 
Em Guarulhos, a Brookfield vendeu 100% das 270 unidades, que serão lançadas no mês que vem. São apartamentos de dois e três dormitórios, com valor médio entre R$ 350mil e R$ 550 mil. E o empreendimento de uso misto que está sendo construído em Santo André, já vendeu 80% das unidades. Na opinião de Laham, comum a economia forte, infraestrutura completa e boa localização, o ritmo de lançamento e de vendas nas cidades do ABC, Barueri, Osasco e Guarulhos foi pouco afetado pela crise. "Nessas regiões, o ritmo está bem parecido com o de dois anos atrás", afirma.
 
Melhora - Embora consumidor e incorporadores estejam cautelosos, demeados de março para cá, porém, o mercado deu mostras de que pode se recuperar. "Percebemos uma ligeira melhora nos lançamentos de empreendimentos e nas vendas, principalmente em razão das boas oportunidades que existem hoje no mercado", afirma o presidente do Secovi.
 
A mesma visão tem o consultor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Fernando Pompéia. "No começo do ano, a previsão era de queda, depois deu uma estabilizada e agora começou a retomar o volume de lançamentos", afirma. No primeiro trimestre de 2015 foram lançados 95 empreendimentos, segundo dados da Embraesp. Em 2014, foram lançados 125 empreendimentos na região metropolitana e 378 na capital, bem abaixo dos 159 e 491 em 2013.

O perfil

R$ 350 mil
É o preço médio de um imóvel nessa região, enquanto na capital é de R$ 450 mil

47%
É a participação dos imóveis de 2 dormitório no total de vendas registradas na Região Metropolitana de São Paulo

37%
É a participação dos imóveis de 3 dormitórios nas vendas da RMSP


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