VENDAS PARA CONSTRUÇÃO SOBEM 10%
As vendas de materiais de construção cresceram 10,6% em 2010 frente a 2009, e fizeram com que os comerciantes do setor atingissem faturamento de R$ 49,8 bilhões. No Grande ABC, os lojistas afirmam que acompanharam os bons resultados. E as compras de itens para ampliar ambientes da casa, o conhecido ‘puxadinho', foram as foi o protagonistas do bom resultado.
O avanço se deve ao aumento do nível de emprego, que proporcionou elevação na renda e do poder de compra do consumidor, principalmente entre as classes C e D, conta o presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), Cláudio Conz.
Ele considera o crescimento relevante e afirmou que a base de comparação não é fraca. "O primeiro semestre de 2009 foi fraco. Mas se aqueceu durante o segundo e, como resultado, o crescimento daquele ano sobre 2008 foi de 4,5%", aponta. "No ano passado, levando em consideração que a inflação na construção foi de 5%, a alta de 10% foi muito boa."
Conz destaca que a comercialização de materiais básicos, como cimento, pedra, areia e tijolos, teve grande participação no resultado. "O pessoal deu uma ampliada nos imóveis", disse.
O gerente de uma loja do setor em Diadema, João Basílio de Barros, conta que registrou crescimento entre 8% e 10% nas vendas em 2010.
JANEIRO
Barros disse que neste mês a loja está superando o resultado de dezembro em 20%. "Mas ainda não passamos janeiro do ano passado."
Por outro lado, em São Bernardo, o vendedor Geral Freitas reclamou do que tem visto neste ano. "No ano passado as vendas foram boas, apesar de a procura nos bairros não ser tão aquecida como nos centros. Mas em janeiro está muito fraco. E olha que janeiro é sempre bom."
Entidade pretende criar fundo para dar crédito aos pequenos
A Anamaco pretende criar um fundo de investimento para oferecer crédito aos pequenos e médios comerciantes de materiais de construção. A expectativa é oferecer empréstimos de até R$ 4 milhões aos empresários.
O prazo para a liquidação dos empréstimos deve começar com até 24 meses. "Mas, em três anos, a intenção é ampliar esse período para cinco anos. Hoje, a média que o mercado oferece é de 90 dias", afirmou Conz. Ele disse que o fundo atenderia cerca de 98% dos associados, tendo em vista que 2% são grandes varejistas. "Haverá análise de risco como em qualquer outro crédito. Portanto, pode até acontecer de um associado não conseguir o empréstimo." PS