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PAÍS ATRAI INVESTIDORES ESTRANGEIROS E SURGEM OFERTAS DE NOVOS SERVIÇOS

11.11.2010

O aquecimento do mercado imobiliário tem atraído investidores do exterior e contribuído para o surgimento de novos produtos e serviços. Em 2007, o empresário alemão Raphael Rottgen resolveu deixar o trabalho em um grande banco de investimentos em Londres e dar vazão ao seu lado empreendedor. Tinha a ideia de investir dinheiro em um negócio na área imobiliária em um país emergente, em que as condições de crescimento fossem muito mais atraentes do que nas nações desenvolvidas, que já sofriam com os problemas do refinanciamento de hipotecas.

Pegou as malas e embarcou para Rússia, China, Índia, África do Sul, Emirados Árabes e Brasil. Depois da longa pesquisa pessoal feita nesses seis países, resolveu apostar suas fichas, em dezembro de 2007, em São Paulo, com o projeto de uma consultoria de crédito imobiliário. O negócio começou a ser desenhado no fim de 2007, mas se tornou operacional no fim de 2009. Dois anos foram consumidos na elaboração do desenho do negócio, criação do site e treinamento dos funcionários. Com escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, a empresa prevê faturar entre R$ 1 milhão a R$ 5 milhões neste seu primeiro ano, diz Rottgen, presidente e principal sócio da Sagace, que não revela nenhuma meta de desempenho futuro da consultoria.

"O Brasil tem um mercado muito promissor, e as operações começam a ficar complexas. Isso exigirá a figura de um consultor que analise empréstimos e financiamentos e identifique qual o produto mais adequado ao cliente, além de também ajudar no processo de concessão do crédito", diz Rottgen. Há dez anos, poucos bancos atuavam com crédito imobiliário. Hoje, as instituições disputam espaço e contam com a concorrência de agentes financeiros focados em financiamento imobiliário ou em refinanciamento a imóveis.

A Sagace tem entre 1.200 a 1.500 processos de financiamento, sendo a maioria de pessoas físicas, e irá buscar ampliar esses números e sua capilaridade no país. Em 2011, a empresa irá abrir escritórios na região Sul, em Curitiba ou Porto Alegre, um no Centro-Oeste, provavelmente em Brasília, e três nas regiões Norte e Nordeste, provavelmente em Salvador, Recife e Manaus. Em países desenvolvidos, os serviços de consultoria de financiamento imobiliário chegam a ter participação superior a 50% do total de contratos de crédito fechados no mercado. No Brasil, esse nicho ainda é praticamente virgem. (R.R.)

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