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BANCO CENTRAL DECIDE HOJE COMO FICA A SELIC

20.01.2011

As taxas de juros nas operações de crédito às famílias e empresas estão em jogo. O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) está em reunião, que teve início ontem, para decidir o percentual da taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado financeiro, conforme o Boletim Focus, é que os diretores da autarquia monetária elevem a taxa.

Um dos objetivos da Selic é controlar a pressão inflacionária do País. Segundo os especialistas que contribuíram com o Boletim Focus, as previsões para a inflação subiram pela segunda semana consecutiva, indício de que o BC pode alterar a Selic.

Por nota, o professor de macroeconomia da FGV-EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), Rogério Mori, disse que espera alteração de 0,50 ponto percentual, passando a taxa básica de 10,75% ao ano para 11,25% ao ano.

"O Copom enfrenta pressões inflacionárias de curto prazo que devem ser intensificadas nas próximas semanas, sobretudo, no grupo alimentação. Isso se deve ao aumento das chuvas que afetam a oferta de alguns produtos agrícolas, provocando a alta dos preços", explicou Mori.

O vice-presidente e responsável por estudos econômicos da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, concorda com aumento de 0,50 ponto percentual. "Baseados nas últimas sinalizações do Banco Central deveremos ter elevação da taxa."

No entanto, Oliveira disse, por nota, que o possível acréscimo pode não surtir efeito nos juros ao consumidor. O especialista argumentou que os índices de inadimplência nas operações de crédito estão caindo e existe grande competição entre as instituições financeiras.

Em simulação, Oliveira exemplifica os efeitos de alta de 0,50 ponto percentual nos juros do comércio. Para ele, a média ao mês passaria de 5,69% (hoje) para 5,73% com Selic a 11,25% ao ano.

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