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A prefeitura de Santo André assinou ontem os primeiros contratos do Grande ABC para a construção de empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda mensal de até R$ 1.395. A liberação, por parte da Caixa Econômica Federal, demorou 16 meses. O executivo municipal entrou com pedido no banco em abril de 2009.

Os condomínios somam 352 unidades, cujo investimento atinge R$ 22,9 milhões. O governo federal entra com R$ 18,2 milhões e do executivo municipal com R$ 4,7 milhões.

"O papel da Prefeitura foi viabilizar a obra, oferecendo o terreno e a urbanização", disse o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Frederico Muraro Filho.

O custo da construção por unidade, em ambos empreendimentos, é de R$ 47 mil. No entanto, Muraro Filho afirma que o investimento do executivo municipal foi de R$ 14 mil por moradia.

De acordo com o proprietário da RGA Construtora, Luiz Domingues, as obras começaram ontem e as chaves serão entregues em 12 meses.

"O prazo é bem curto. Mas é totalmente viável para cumprir", argumentou Domingues. Ele explicou que têm mais dois projetos com Santo André, do Minha Casa, em fase de aprovação. "Um tem 400 unidades e o outro 200", disse.

Segundo o secretário de Desenvolvimento, os contratos das 600 unidades, mais 880 da construtora Bairro Novo, devem ser assinados no começo do ano que vem. "Está muito próximo da aprovação. Mas com o período de eleições, provavelmente o que tinha de ser assinado, foi hoje. O restante só ano que vem", explicou.

Famílias - As construções iniciadas ontem são destinadas ao grupo de menor renda do Minha Casa, Minha Vida, que possui receita mensal de zero a três salários-mínimos (valores de abril de 2009).

Em debate na TV aberta, a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) fez alusão ao programa dando a entender que o subsídio do governo seria de 100% do valor do imóvel.

No entanto, as famílias beneficiadas pagarão 10% da renda mensal, durante 15 anos, pelas unidades do programa. As mais abonadas (que ganham R$ 1.395 por mês) arcarão com, sem contar correções no período, R$ 25 mil.

"Nestas obras, vamos gerar 150 empregos diretos e 400 indiretos. Podemos dizer que são quase 900 famílias beneficiadas, somando as 352 que vão ter suas casas", disse o prefeito Aidan Ravin.

Terreno - Os dois terrenos se interligam no mesmo quarteirão formando um L. Mas a entrada de um será na Rua Juquiá, na Vila Bela Vista, com 132 unidades, salão social, quadra e investimento de R$ 8,9 milhões.

O outro, na Rua Londrina, Vila Linda, terá aporte de R$ 14 milhões, 220 moradias, sem áreas externas.