ACIGABC

Notícias

NOVA CLASSE MÉDIA TEM 64% DO PODER DE CONSUMO

07.10.2010

 

A melhora da economia brasileira nos últimos anos e a retomada dos postos de trabalho no País colocaram 32 milhões de pessoas na classe C - chamada nova classe média. Essa faixa da população possui 64% do poder de consumo nacional e, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Ibope, apresenta perfil bem diferente do que exibia há cinco anos.

A classe média recebe entre R$ 600 e R$ 2.099 por mês e é predominantemente jovem, a maioria possui até 30 anos e é composta por alta miscigenação e muitos negros. "Isso mostra que estávamos direcionando olhares para o lado errado. A classe C hoje é composta por operadores de telemarketing, secretárias, recepcionistas, professores. É um público com forte consumo e que foi responsável por tirar o País da crise financeira de 2008 mais rápido", pondera o professor do núcleo de ciências do consumo da ESPM (Escola superior de Propaganda e Marketing), Fábio Mariano Borges.

Além disso, diferentemente do perfil da classe AB, esse público dificilmente tem problema de peso, muito por conta de não cometer excessos alimentares e por terem alta movimentação diária.

A mulher já ocupa destaque no orçamento da família, sendo responsável também pelas contas mensais, muito longe das donas de casa que eram maioria há poucos anos. "O homem dessa categoria tende a viver menos e as mulheres exercem mais responsabilidade sobre a família, têm mais autonomia socioeconômica e, consequentemente, de consumo", diz Dora Câmara, diretora comercial do Ibope Mídia e responsável pela pesquisa.

Com a maior saída da mulher para o trabalho, também cresceu as que buscam formar-se no Ensino Superior para ocupar colocações melhores no mercado. "Hoje, essa mulher procura trabalho no mundo corporativo, algo que a qualifique mais", avalia Borges.

Do ponto de vista econômico, a classe C está mais otimista. Em 2005, 40% declararam estar melhor do que no ano anterior. Já em 2009, este percentual subiu para 50%. Em relação às perspectivas futuras, o percentual de otimismo também aumentou: em 2005, 74% estavam otimistas com o próximo ano e, em 2009, este percentual subiu para 84%.

 

últimas notícias