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LUZ SÓ VOLTARÁ A SER PONTO FINAL DA LINHA 10 EM 2016

07.05.2013

A Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) só terá novamente a Estação Luz, no Centro da Capital, como ponto final do trajeto em 2016. A informação foi dada ontem pelo secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Desde o fim de 2011, as viagens que saem de Rio Grande da Serra, passando por Ribeirão Pires, Mauá, Santo André e São Caetano, terminam no Brás, também na região central de São Paulo.

De acordo com o titular da Pasta, a volta da Luz ao traçado está condicionada à conclusão do Expresso ABC, trem paralelo à Linha 10 que ligará Mauá ao Centro da Capital, com menos paradas. O projeto, que ainda nem teve obras iniciadas, está previsto para ser entregue em 2016, fazendo parte do trem regional de São Paulo à Baixada Santista, segundo Fernandes. "Quando o Expresso ABC estiver pronto, o nosso objetivo é voltar (a Linha 10) para Luz", disse o secretário.

O motivo indicado pela companhia para a mudança no ponto final da Linha 10, em 2011, foi o significativo crescimento da demanda de usuários na Estação Luz, por onde circulam 465 mil passageiros por dia. O movimento cresceu com a entrada em operação da Linha 4-Amarela do Metrô, que teve as estações República e Luz inauguradas em setembro do mesmo ano.

"Se hoje não comporta, como no futuro vai caber? É porque estamos fazendo uma estação no Bom Retiro para aliviar a Luz. Com isso, reteríamos os trens que vêm de Francisco Morato e Osasco, e abrindo espaço na Luz para receber as composições que vêm do Grande ABC", explicou Fernandes.

Cerca de 400 mil pessoas utilizam diariamente a Linha 10 da CPTM. O fim da conexão na Luz prejudicou os passageiros que dependem das linhas do Metrô 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi) e 4-Amarela (Luz-Butantã). "Os usuários que vão para a Luz, e totalizam cerca de 8% do total, são prejudicados. Mas os outros 92% acharam a mudança boa e avaliam bem a linha", comentou o secretário. Fernandes alegou que a mudança resultou em diminuição no intervalo dos trens de oito para cinco minutos na Linha 10.

O governo do Estado está em processo de aquisição de 65 composições para as seis linhas da CPTM. A previsão é que as primeiras iniciem circulação no fim de 2014. Com os novos trens, a intenção é que o tempo de espera entre um veículo e outro baixe para três minutos, segundo o secretário.

Estado muda traçado e admite atraso no monotrilho da região

Por conta de alterações no traçado da Linha 18-Bronze do Metrô, que ligará o Grande ABC à Capital por meio do sistema de monotrilho, o governo do Estado já admite atraso na entrega do trecho. A previsão atual de conclusão da primeira fase do empreendimento, que vai do Tamanduateí ao Paço Municipal de São Bernardo, é o fim de 2016. O investimento para o traçado é de R$ 4,1 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão repassado pelo governo federal.

"São pequenos ajustes. Por exemplo, em Santo André houve mudança porque no trecho onde a Lauro Gomes está interrompida haverá uma modificação para ter menos impactos com desapropriações", explicou o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

As mudanças acertadas foram redesenho de traçado na região do núcleo habitacional Bom Pastor, em Santo André, além de mudança nos posicionamentos das estações Goiás e Mauá, em São Caetano, e Paço de São Bernardo.

De acordo com o secretário, essas mudanças não trarão grande atraso à obra. "Esses ajustes eram previstos. No cronograma pode haver impacto, mas isso será definido em comum acordo entre o governador (Geraldo Alckmin) e os prefeitos. Se houver impacto de tempo, vai ser um atraso bom, de 60, 90 ou 120 dias, porque vamos incorporar dados a mais ao projeto", justificou.

A previsão é de que o edital para contratação da construtora seja lançado em julho e as obras sejam iniciadas no fim deste ano ou início de 2014.

Fernandes disse ainda que o acréscimo da Estação Djalma Dutra, em São Bernardo, no traçado do monotrilho será anunciado em breve, na agenda conjunta prevista entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente do Consócio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT).

Consórcio irá reformular campanha Travessia Segura

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC irá reformular a campanha Travessia Segura, que possui o objetivo de conscientizar motoristas e pedestres para diminuição do número de atropelamentos nas sete cidades.

"Ao longo do mês de maio devemos definir uma nova proposta para ser apresentada aos prefeitos, com valores, que poderá ser aprovada na próxima assembleia (em junho)", afirmou a coordenadora do Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana da entidade, Andrea Brisida.

A representante admitiu que o programa estava parado desde o fim do ano passado. "Como houve mudanças nas administrações, a ação deu uma paralisada por conta das alterações nas equipes técnicas, mas o projeto deve ser retomado em breve", comentou Andrea.

A campanha foi lançada em dezembro de 2011, mas não decolou. Inicialmente, foram apresentadas faixas com informações de educação no trânsito em cruzamento e outdoors com a divulgação da ação. Em outubro, o Consórcio realizou trabalho com atores e monitores, que orientavam os pedestres por meio de encenações. No entanto, com o passar do tempo, o programa perdeu força. Foram investidos aproximadamente R$ 200 mil no projeto.

"O programa deve se tornar mais robusto. Foi uma ação boa, mas que foi implementado com certa timidez", disse o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT).

Secretário confirma reabertura da Estação Pirelli, em Santo André

O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, confirmou que a Estação Pirelli, na Vila Homero Thon, em Santo André, será reaberta. No entanto, o chefe da Pasta no Estado não confirmou data para que o acesso seja reinaugurado.

"Todas as estações da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) serão reformadas e reestruturadas até 2014. Uma delas, do Tamanduateí, já foi transformada. Vamos lançar edital, em junho, agosto e setembro, para obras em três lotes. Ainda não sei o momento em que a Estação Pirelli entra nessa reforma", disse o secretário.

A volta de operação da estação é um pedido antigo da administração andreense. Depois de aproximadamente 30 anos em funcionamento, a parada saiu de operação em 2006, por ociosidade da parada, que era considerada mal localizada. Agora, um dos motivos para a reabertura é o crescimento futuro da demanda de passageiros no entorno, já que o bairro ganhará shopping e prédios comerciais e residenciais até 2015.

Há projeto para que a estação seja ponto inicial do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que ligaria Santo André a Guarulhos. No entanto, ainda não há previsão de cronograma.

CARTÃO BOM
O secretário confirmou que no dia 17 de maio as estações Santo André e Rio Grande da Serra passarão a aceitar o cartão BOM (Bilhete de Ônibus Metropolitano). A previsão é que, até agosto, todas as paradas da Linha 10 aceitem o bilhete eletrônico.

SUZANO PODE ANUNCIAR HOJE SUSPENSÃO DE PROJETOS

12.03.2013

Sob novo comando desde janeiro, a Suzano Papel e Celulose pode anunciar hoje, além do balanço financeiro do quarto trimestre, um amplo pacote de ajustes na área administrativa e em investimentos planejados para os próximos anos. De acordo com fontes do setor, o projeto da fábrica de celulose de eucalipto do Piauí, que já havia sido postergado, e a implantação da Suzano Energia Renovável (SER) teriam sido engavetados, com risco de cancelamento. Há expectativa ainda de que uma "grande mudança" em diretorias seja anunciada.

As medidas estariam alinhadas a novas diretrizes da atual gestão da Suzano, que enfrenta a piora do nível de alavancagem da empresa - o pico está previsto para 2013 -, e à previsão de sobreoferta de celulose de fibra curta pelo menos nos próximos três anos.

Tanto a unidade do Piauí quanto o projeto em energia renovável - produção de pellets de madeira para geração de energia no Brasil com vistas ao mercado europeu - já suscitaram questionamentos e rumores, diante do não cumprimento de prazos e divulgação de diferentes cronogramas por parte da companhia.

No caso da fábrica piauiense, a previsão era colocar em operação essa unidade, com investimento total de US$ 2,9 bilhões, no primeiro semestre de 2016. A mais recente informação oficial sobre o empreendimento é a de que uma decisão sobre ir adiante somente seria tomada somente em 2014.

Conforme uma fonte do setor, o fato de a Suzano estar perto de inaugurar uma nova fábrica da fibra no Maranhão, Estado vizinho ao Piauí, e o curto intervalo de tempo entre os dois investimentos inviabilizam o segundo projeto em celulose. Em sua avaliação, faz mais sentido econômico duplicar a fábrica maranhense no futuro do que iniciar um novo projeto do zero.

No começo do ano passado, a Suzano chegou a emitir uma nota em que garantia a manutenção do investimento em Palmeirais (PI), diante dos rumores de que o empreendimento seria suspenso. Conforme a fonte, a companhia somente não teria oficializado o congelamento do projeto por questões políticas.

Já sobre a Suzano Energia Renovável, a informação mais recente, de dezembro, é a de que o investimento inicial para construção de três unidades produtoras de pellets poderia alcançar US$ 1 bilhão, ante os US$ 800 milhões estimados originalmente. Além disso, a previsão inicial era a de que o projeto começaria a sair do papel entre 2013 e 2014. No fim do ano, a companhia já admitia um novo cronograma, com início de operação fabril em 2015.

Segundo outra fonte da indústria, além da dificuldade em encontrar um sócio investidor para o projeto de pellets, o baixo retorno do negócio neste momento poderia comprometer sua execução.

Na área administrativa, a expectativa era a de que já na semana passada a companhia anunciasse uma "grande mudança" em diretorias. A primeira novidade na gestão da Suzano em 2013 foi a chegada de Walter Schalka, que estava à frente da Votorantim Cimentos, ao comando da companhia, em substituição a Antonio Maciel Neto.

Schalka assumiu a presidência da segunda maior produtora mundial de celulose de eucalipto em um momento desafiador: além dos inúmeros projetos paralelos em andamento, com investimento de bilhões de reais, o endividamento da companhia atingiu níveis elevados e a alavancagem financeira extrapolou limites estabelecidos com os credores.

A aposta é a de que a nova administração concentre seus esforços na recuperação de margens e, consequentemente, deixe de lado os planos de expansão acelerada. Procurada, a Suzano não quis se manifestar sobre o assunto.

A companhia divulga hoje pela manhã os resultados do quarto trimestre. Segundo a média de projeções de Bank of America Merrill Lynch, Espirito Santo, Itaú BBA e Goldman Sachs, a Suzano deverá anunciar lucro médio de R$ 36,5 milhões no período, 82% abaixo do ganho de R$ 208 milhões obtido um ano antes. Mesmo assim, melhor do que a perda de R$ 24 milhões do terceiro trimestre.

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